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Depois de Águas Lindas, a 110 km de Brasília e 120 km de Goiânia, a região que reúne as cidades de Cocalzinho e Edilândia é um polo econômico e turístico em franco crescimento. A origem de Cocalzinho de Goiás, por exemplo, se deu por volta de 1960, com o surgimento da fábrica de cimento do Grupo Votorantim. A unidade funcionou até 1999. Em 2008, o grupo de cimento Lafarge comprou a produção e retomou os trabalhos. Atualmente, cerca de 20 caminhões saem diariamente da Lafarge pela BR-070 para entregar cimento Brasil a fora. Sem contar que toda a matéria-prima é extraída na Fercal, próximo a Sobradinho, e é levada em carretas para ser beneficiada em Cocalzinho.
Dá até vinho
A região é considerada uma localização privilegiada no Cerrado. Possui excelente vocação para o setor de turismo cultural, histórico, rural radical ou de aventuras. São inúmeros hotéis-fazenda, fazendas particulares e até vinícolas.
Sim, vinícolas. Foi isso o que fez o médico otorrinolaringologista Marcelo de Sousa no coração do cerrado goiano. Em 2005, ele trouxe da Itália mudas de uvas Barbera e Sangiovese, das variedades Syrah e Tempranillo, e lançou os vinhos ‘Bandeiras’ e ‘Intrépido’. Fez um vinhedo de quatro hectares, a 950 metros de altitude, em sua fazenda incrustada na Serra dos Pirineus.
“Descobri que nossa região é ideal para algumas uvas tinto. O clima é similar ao dos desertos californiano e chileno”, diz. “Temos uma extraordinária amplitude térmica. Durante o dia, faz sol e muito calor. À noite, esfria e a temperatura chega a cair pela metade”. O clima possibilita o Banderas ter um teor alcoólico superior à média brasileira – que fica em torno de 13%, enquanto em Goiás atinge até 14,5% – em razão da diferença térmica.
Nos restaurantes de Brasília, os vinhos das marcas Banderas e Intrépido são comercializados a R$ 65 e R$ 70, respectivamente. Toda a produção foi comercializada.