A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (5/5), a 5ª fase da Operação Acrônimo, que investiga o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), por suspeita de corrupção. A ordem do ministro relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin, é para que os delegados e agentes cumpram três mandados judicias. Dentre eles, são dois mandados de busca e apreensão de documentos e mídias nos endereços dos investigados e um de requisição.
O outro mandado é de requisição de documentos no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), em Brasília, que foi dirigido por Pimentel no primeiro mandato de Dilma Rousseff. A ação de hoje corre sob segredo por determinação do STJ.
Como revelou a coluna Brasília-DF, do Correio, na terça-feira, o petista está prestes a ser denunciado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, que está preso e iniciou as conversas preliminares com os responsáveis pela Operação para uma delação premiada, deve ser denunciado por corrupção ativa, assim como um representante da montadora de automóveis Caoa Hyundai
O governador responde por causa de uma portaria do Ministério do Desenvolvimento para o programa Inovar Auto, que teria beneficiado a empresa. O advogado dele, Eugênio Pacceli, disse que a venda de portaria é absurda, porque a medida atendeu um setor inteiro e não apenas uma empresa. “Em relação a esse fato, não há crime algum”, disse. É por aí que a defesa pretende seguir.
A assessoria da Caoa Hyundai e negou pagar subornos para “auferir benefícios”. A empresa“repele com veemência a versão de uso de relatório de consultoria que não corresponde a efetivo trabalho técnico”. A montadora destacou que ela e mais 21 empresas foram beneficiadas: “não foi concedido à CAOA nenhum benefício especial”. A defesa de Bené não comentou.