Orlando Pontes
O empresário Paulo Octávio (PSD) foi aclamado, na terça-feira (16), como “o candidato do setor produtivo” durante evento na Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF). Para o presidente da entidade, Fernando Brites, a situação atual do povo brasileiro e brasiliense requer medidas urgentes.
“Alimentamos 1 bilhão de pessoas fora do Brasil e não conseguimos matar a fome daquelas que estão nas periferias das nossas cidades. Por que o empresário e a população têm de sofrer com a incompetência e o desdém de quem atende a todos? Por que temos de pagar pela inoperância de quem trabalha contra o Brasil?”, questionou Brites. Para ele, a candidatura do PO é uma esperança. “Ele está se cercando das melhores pessoas”, acrescentou.
Paulo Octávio estava acompanhado do candidato a vice, o advogado Luiz Felipe Belmonte (PSC), com quem forma a coligação DF para Todos. “Chegou a hora de um gestor comandar o DF. Brasília irá prosperar e ser a capital da América Latina e vitrine de boas práticas”, discursou Belmonte, ressaltando a importância da iniciativa privada para a recuperação da economia.
“Estamos empolgados e dispostos. Temos muita coisa a fazer. Com um orçamento de R$ 58 bilhões, não podemos ter pessoas passando fome. Governar é planejar e prever problemas, não tapar buracos. Vamos ter a geração de emprego e renda, que são dignidade. É preciso manter programas sociais, mas as pessoas querem trabalhar. O País precisa oferecer boas condições para seus filhos”, completou Belmonte.
Noite histórica
Paulo Octávio aproveitou a “noite histórica” para convidar o setor produtivo a acompanhar, nesta sexta-feira (19), a apresentação das suas 55 metas de governo. E antecipou que a saúde será a prioridade absoluta.
“Se há um problema sério hoje no DF é a saúde. Garanto que, no meu governo, não teremos filas. Meu secretário de saúde vai assumir no primeiro dia e vai sair no último, e terá como meta zerar as filas nos hospitais e as de cirurgias”.
“Nenhum governo, sozinho, resgata 257 mil desempregados que temos hoje no DF. Mas, com o apoio da sociedade civil e das entidades de classe, tudo é possível”, disse. E lembrou sua experiência como secretário de Desenvolvimento Econômico.
“Em 1º de maio de 2007, não houve festa, mas a geração de 1,2 mil empregos. Nos anos seguintes, nos feriados do Dia do Trabalhador, assinamos quase 5 mil carteiras de trabalho, devido à sinergia existente entre governo e classe empresarial. Agora não será diferente. Vamos criar 100 mil empregos. Nenhuma cidade cresce com uma expressiva parte da população ativa em casa”.
PO se comprometeu, ainda, a criar incentivos para jovens empreendedores. “Tantos jovens que poderiam empreender, mas não têm coragem por causa da burocracia. Podemos avançar, mas não podemos deixar que os que são contra impeçam que isso aconteça. Nossa coligação se chama DF para Todos, para que a cidade ofereça perspectivas a todos”, encerrou.
Saiba+
PO é filiado à ACDF há mais de 50 anos. Em seu discurso, lembrou seu passado na entidade e homenageou o ex-presidente Lindberg Aziz Cury. “Foi com a força desta entidade que todas as mudanças foram feitas para que Brasília pudesse chegar aos dias atuais”, disse.