Encontrar um lugar seguro para deixar os filhos é um grande desafio para mães em todo o país. Essa luta não é diferente para as mulheres de baixa renda do Distrito Federal, onde creches e Centros de Educação da Primeira Infância (Cepis) são disponibilizados, mas não são suficientes para atender à demanda. A própria Secretaria de Educação reconhece que a quantidade de creches não é suficiente e que há 25 mil crianças na lista de espera.
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Um exemplo é o Lago Norte, região que emprega muitas empregadas domésticas e prestadoras de serviços em supermercados e outros comércios. Lá, não há creche pública pronta. A previsão é inaugurar duas delas, em construção, no final do segundo semestre de 2015.
As regiões do Paranoá e Itapoã não são beneficiadas com creches ou Cepis. Moradora do Itapoã, Luciana Pires, dona de casa, é mãe de Emanuelle, de um ano, e espera encontrar uma vaga para a filha. “Não estou trabalhando ainda, mas quero voltar a trabalhar o mais rápido possível. Aí, vou precisar de uma creche para ela”, argumentou.
A doméstica Maria Irislândia da Silva esperou uma vaga para a filha, Ingrid da Silva, por dois anos. Depois de procurar a Justiça para conseguir a vaga e não obter sucesso, a mãe desistiu e pagou uma creche por dois anos. “Agora eu já coloquei ela na escola, mas só por meio período. A outra parte do dia ela fica comigo no meu trabalho”, lamentou.
Mulheres que não trabalham fora são cada vez mais raras, e esse quadro parece irreversível. Por isso, a ampliação das unidades públicas de atendimento às crianças, como escolas de ensino integral, creches, Cepis e outras instituições, são fundamentais para garantir a segurança familiar, com a educação dos filhos e o emprego dessas mães.
De acordo com Secretaria de Educação do DF, ainda falta a finalização das obras para que as creches do Lago Norte sejam entregues à população. As unidades devem atender a crianças de zero a cinco anos e oferecer cinco refeições diárias, em dez horas de permanência das crianças.