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Censo 2022: negacionismo estatístico, resultados polêmicos

O resultado da desorientação do governo e do negacionismo estatístico foi um Censo com números bastante controversos, até mesmo estranhos

Júlio Miragaya
Júlio Miragaya  - Desenvolvimento Econômico Publicados 12 de julho de 2023
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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Após três atribulados anos, saíram os primeiros resultados do Censo Demográfico, suscitando muita polêmica e dúvidas. Inicialmente, deve ser dito que nenhuma responsabilidade deve ser atribuída ao corpo funcional do IBGE, super qualificado e comprometido. A responsabilidade pelos problemas recai no governo passado, comandado por um tresloucado que nega a importância da ciência, e, consequentemente, da estatística.

Bolsonaro procurou imputar à pandemia da covid a responsabilidade pelo atraso no Censo 2020, numa tentativa de esconder suas falhas. Mas, mesmo que não houvesse pandemia, o Censo atrasaria, pois não haviam sido disponibilizados recursos suficientes para sua realização em 2020, e tampouco 2021, o que comprometeu a seleção, contratação e treinamento dos pesquisadores. Não foi a primeira vez: em 1990, Collor de Mello também apresentado como salvador da Pátria e justiceiro, adiou o Censo para 1991.

Atrasos no pagamento levaram à saída de milhares de pesquisadores. Mas o problema maior residiu na hostilidade de boa parte dos entrevistados, expoentes do chamado “negacionismo estatístico”. Isso sempre existiu, mas não na dimensão de 2022. É uma parcela da população, em sua grande maioria de classe alta e média, ideologicamente de direita, que refuta os dados estatísticos porque rechaça todo e qualquer planejamento governamental voltado para a formulação de políticas públicas, a implementação de programas sociais e a atuação do Estado de Proteção Social.

O resultado da desorientação do governo e do negacionismo estatístico foi um Censo com números bastante controversos, até mesmo estranhos:

  1. Número recorde (4,2%) de domicílios em que houve recusa em responder ao Censo, quase 4 milhões (em SP, mais populoso estado do país, o percentual chegou a 8,1%);
  2. Enquanto a população teria crescido apenas 6,5% em 12 anos, o número de domicílios aumentou 34%, cinco vezes mais;
  3. Em 12 anos, foram incríveis 23,2 milhões de novos domicílios (de 67,5 para 90,7 milhões), mas apenas 12 milhões de novos habitantes;
  4. Mais extraordinário foi o aumento no nº de domicílios não ocupados, que saltou de 10 milhões para 18,1 milhões, aumento de 80%;
  5. Redução sem precedentes no número médio de pessoas por domicílio (de 3,31 para 2,79);
  6. Igualmente sem precedentes a desaceleração na taxa de crescimento demográfico, que caiu 56% em uma década, de 1,17% entre 2000 e 2010 para 0,52% entre 2010 e 2022.

O IBGE projetava uma população de 213,3 milhões de brasileiros em 2021, mas o Censo 2022 apontou apenas 203,1 milhões – 10,2 milhões a menos. Somos realmente 203,1 milhões ou houve um subcontagem de nossa população? Não somente o IBGE, mas organismos internacionais como o FNUAP/ONU, projetavam um contingente populacional no Brasil de 208 a 213 milhões de habitantes.

Uma possível subcontagem da população tende a gerar problemas graves, como a redução de repasses a municípios e estados pelos Fundos de Participação dos Municípios (FPM) e dos estados (FPE). Produz também um falso dimensionamento da demanda por serviços públicos e gastos sociais.

Uma medida recomendada seria o confronto com alguns dados administrativos, por exemplo, a correlação entre contingente populacional e eleitorado registrado. É fato que o eleitorado tem apresentado crescimento acima do contingente populacional, fenômeno relacionado ao envelhecimento da população. Ou seja, a cada ano mais pessoas chegam aos 16 ou 18 anos do que bebês nas maternidades.

Entre 2000 e 2010, a população aumentou em 21 milhões (de 169,8 para 190,8 milhões), ao passo que o eleitorado aumentou em 25,1 milhões (de 110,7 para 135,8 milhões) – 119 novos eleitores para cada 100 novos brasileiros. Ocorre que entre 2010 e 2022 esta relação saltou para 170/100, ou seja, o número de novos eleitores desacelerou para 20,7 milhões, mas o de novos habitantes despencou para 12,2 milhões.

Se fosse mantida a relação da década anterior (119/100), o número de novos habitantes em 2022 seria de 17,4 milhões, o que elevaria a população para 208,2 milhões, 5,1 milhões acima do apontado pelo Censo. Enfim, que se busque mitigar os problemas, mas o que se espera é que a contagem da população intercenso ocorra, de fato, em 2025.

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Por Júlio Miragaya Desenvolvimento Econômico
Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia
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