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colaboradores, Economia, Geral

Banco Master, uma operação de alto risco

  • Júlio Miragaya
  • 07/04/2025
  • 18:00

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Foto_ reprodução

Master é uma palavra inglesa que significa mestre, perito ou alguém com exímio conhecimento em algo específico. Significa também experto (especialista). Mas, no caso do banqueiro Daniel Vorcaro, dono do brasileiro Banco Master, fica melhor o termo esperto, que pode ser tanto inteligente e diligente, como arguto, matreiro ou velhaco.

A origem do Banco Master é a Máxima Corretora de Títulos e Valores Imobiliários, fundada em 1974. Em 1990, ela obteve a aprovação do Banco Central para funcionar como instituição financeira, o Banco Máxima, atuando essencialmente com crédito imobiliário. Em 2016, devido ao alto índice de inadimplência em sua carteira, quase decretou falência.

Em 2018, entrou em cena o jovem Daniel Vorcaro, assumindo sua presidência com apenas 34 anos, mudando o nome para Banco Master, com o banco sendo salvo pelos aportes financeiros de novos sócios. Diversificou seu portfólio, passando a atuar em crédito consignado, seguros e outros produtos financeiros.

Em 2024 adquiriu o controle do banco digital Will Bank, expandindo sua carteira para mais de 10 milhões de clientes. Ainda naquele ano, participou de uma grande operação, patrocinando o aporte financeiro de R$ 1 bilhão para a rede Oncoclínicas através de dois fundos de investimentos.

Após assumir a presidência do Master, Vorcaro, entre diversos negócios, se tornou acionista majoritário da Farmacêutica Biomm. Adquiriu participação na rede Veste Estilo e se tornou dono de 20% da SAF (Sociedade Anônima de Futebol) do Clube Atlético Mineiro.

Desde 2023 correm notícias sobre a situação delicada do Banco Master, que se agravaram neste início de 2025. Cabe a pergunta: como um banco em situação delicada declara lucro líquido de R$ 1,07 bilhão, derivado de um excepcional ROE 28,5% (Retorno sobre o Patrimônio de R$ 4,74 bilhões)?

A situação delicada é explicada pela emissão de R$ 45 bilhões de CDIs e CDBs de investidores atraídos pelas elevadas rentabilidades oferecidas, sendo que cerca de R$ 16 bilhões desses títulos vencerão ainda em 2025.

E onde estava a fiscalização do BC que nada viu de estranho? A situação é tão delicada que o atual presidente do BC convocou os 4 maiores bancos privados do País (Itaú, Bradesco, Santander e BTG Pactual) para uma reunião em pleno sábado (5/4) para discutir a situação do Master e os riscos para a estabilidade do sistema financeiro nacional.

Há a preocupação com a capacidade do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante depósitos de até R$ 250.000 por CPF de evitar calotes de instituições financeiras que operam no país, especialmente aquelas de menor porte. O FGC tem como principais contribuintes (75%) os grandes bancos, e a preocupação é com o grande aumento no volume de transações lastreadas pelo FGC, com a oferta de rendimentos muito acima da média do mercado financeiro.

Essa reunião se deu alguns dias após a surpreendente informação da compra por R$ 2 bilhões de 58% das ações do Master pelo Banco de Brasília. A decisão pela compra foi aprovada de forma unânime pelo Conselho de Administração do BRB, mas a operação ainda depende de aprovação do BC e do CADE. Mesmo considerando que os ativos de maior risco ficaram fora da transação, trata-se de uma operação de alto risco.

No sistema capitalista em todo o planeta, e no Brasil não é diferente, é notório que nas empresas saudáveis e lucrativas os capitalistas se apropriam dos lucros, mas quando as empresas estão quebradas, especialmente bancos, os prejuízos são socializados. Ou seja, são absorvidos pelo Estado. Inúmeras vezes, pelo orçamento público, pelo conjunto da sociedade.

Será o caso do Banco Master?

Os gestores do BRB podem, talvez ingenuamente, ter enxergado na compra do Master uma boa oportunidade de negócio, mas podem estar metendo o banco numa fria.

Se não for vendido e o Banco Master quebrar, como ficarão o “esperto” Daniel Vorcaro e os demais acionistas do banco? Também quebrados ou continuarão milionários, frequentando a segunda prateleira da Forbes?

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Júlio Miragaya

Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

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