Em evento que marcou a inauguração de uma fábrica da Nissan no interior do Rio de Janeiro, o presidente Lula afirmou que “o Brasil é o país que dá certo quando as pessoas acreditam e investem nele”. No discurso, ele lembrou que, ao retornar ao Planalto em 2023, a indústria automotiva vendia menos carro que quando encerrou seu segundo mandato. “Em 2012, o Brasil emplacava por ano mais de três milhões de carros novos. O cenário que encontrei onze anos depois era horroroso, as montadoras quebraram. Agora, o dinheiro começou a circular, as pessoas começaram a se informar melhor e as pessoas começaram a ganhar um pouco mais, a realidade é outra”, disse.
Também presente na agenda em Resende (RJ), aos pés da Serra da Mantiqueira, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, citou o bom desempenho da indústria automotiva brasileira, que cresceu 9,7% no ano passado. Lembrou ainda que o Brasil vendeu 14,1% a mais de veículos em 2024, o que, segundo ele, evidencia o ganho de renda da população. “Não tem país que cresça sem emprego e massa salarial. E isso o presidente Lula tem trabalhado. Com estabilidade e previsibilidade, o Brasil vai crescer ainda mais”, projetou.
Para a ampliação da planta industrial, foram instalados 98 novos robôs e criados 297 postos de trabalho na linha de produção, resultado dos investimentos de R$ 2,8 bilhões da montadora japonesa no Brasil. “Só no último ano, mais de 100 funcionários nossos rodaram o equivalente a 100 voltas na terra para chegarmos ao dia de hoje”, declarou o presidente da Nissan para a América do Sul, Guy Rodríguez.
CAPITAL HUMANO — A empresa gera atualmente cerca de 2 mil empregos diretos e 3 mil indiretos e será responsável pela entrega de 200 mil unidades do modelo Kicks (SUV) e de 200 mil motores turbos nos próximos anos. Na oportunidade, o presidente Lula assinou o decreto que regulamenta o programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), com metas de eficiência energética, reciclabilidade e segurança na indústria automotiva. Só em 2025, o governo prevê R$ 3,8 bilhões em incentivos.