O governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) defendeu as investigações da Operação Lava Jato, que na manhã desta terça-feira (12) prendeu o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) e dois de seus antigos colaboradores – Paulo Roxo e Valério Neves (demitido esta manhã do cargo de secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal).
“Isso está no contexto de uma crise maior”, declarou o socialista com exclusividade ao portal Brasília Capital. Ele acredita que as investigações em curso podem assegurar um futuro melhor para o País. “Como gestor público, espero que o Brasil possa virar essa página o mais rapidamente possível, superar este momento de crise e entrar em um outro momento de desenvolvimento econômico, fortalecimento das instituições democráticas, geração de emprego e a retomada da esperança e da felicidade”, disse o governador.
Segundo Rollemberg, o País vive um momento delicado em sua história, no qual muitas pessoas não toleram opiniões divergentes. “O Brasil está dividido, sobretudo, nas redes sociais. Ali, as pessoas, em vez de apenas divergir, tendem a ser agressivas com opiniões diferentes”. O governador classificou esse comportamento como um retrocesso. “O que eu desejo é que a gente supere esse clima de divisão e que o Brasil possa recuperar um dos seus grandes atributos, que é a alegria”, completou.
Sobre as manifestações previstas para acontecer em Brasília nos próximos dias, o governador reiterou que seu objetivo é garantir a segurança de todos os cidadãos que forem às ruas. Por isso, manterá sua posição de não declarar apoio contra ou a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Como governador de Brasília, tenho que ter uma postura distante. Não ser contra ou a favor do impeachment. Isto é importante para que eu possa ter melhores condições de oferecer à população a livre manifestação e assegure que nada de pior aconteça ao patrimônio público”, disse o governador.
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