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Brasil, Economia, Política

BRICS ampliado

  • Júlio Miragaya
  • 24/08/2023
  • 07:00

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Foto: Ricardo Stuckert / PR

Uma das questões mais polêmicas na cúpula dos BRICS em Johannesburg é a sua possível ampliação. Esta proposição, defendida pela China e pela Rússia, é vista com simpatia pelo presidente Lula, mas com ceticismo pelo Itamaraty. Já a Índia admite a ampliação, desde que seja com base em critérios bem definidos, o que parece bastante sensato. 

A inspiração para a constituição dos BRICS em 2006 foi o agrupamento dos 4 principais países emergentes (China, Rússia, Índia e Brasil), os chamados “países-baleias” pelos seus expressivos contingentes populacionais (grandes mercados consumidores) e pela dimensão de seus territórios (que resulta em vultosas riquezas naturais, como terras aráveis, recursos minerais etc). A incorporação do “peixinho” África do Sul em 2011 visou integrar o continente africano ao bloco. A Índia defende que apenas países com relevância no cenário mundial ou continental devam ser incorporados ao BRICS, o que exclui a entrada de países como Emirados Árabes Unidos, Honduras, Cuba ou Senegal.

Sendo o BRICS um agrupamento que busca unir os interesses de países fora dos “clubes dos ricos” (G-7+3, OCDE), com amplas diferenças em relação à condução da economia e da política global pelo imperialismo norte-americano e seus satélites europeus e asiáticos (Japão e Coreia do Sul), a incorporação de novos países é desejável, pois aumenta o “poder de fogo” dos países periféricos. Apesar do desejo de inúmeros países, não tem cabimento permitir a adesão de países periféricos de pequena expressão, até porque um agrupamento amplo já existe, o Grupo dos Países Não Alinhados, constituído em 1956 após a Conferência de Bandung (Indonésia), que agrupa 120 países, atualmente com atuação inexpressiva. 

Um exercício relativamente simples, atribuindo pesos a alguns indicadores – extensão territorial, contingente populacional, tamanho do PIB por Paridade do Poder de Compra (PPC), investimentos externos diretos, poderio militar e influência cultural – permite identificar na periferia do planeta 15 países de grande expressão, sendo duas potências globais (China e Rússia) e 13 com status de potências regionais ou continentais: Índia e Paquistão no Subcontinente Indiano; Indonésia e Tailândia no Sudeste Asiático; Turquia, Irã e Arábia Saudita no Oriente Médio; Egito, Nigéria e África do Sul na África e Brasil, México e Argentina na América Latina.

A área territorial desses 15 países soma 54,2 milhões km² (41% do total mundial); a população conjunta supera 4,6 bilhões de habitantes (58% da população mundial) e o PIB (PPC) somou US$ 58 trilhões em 2021 (cerca de 40% do PIB global). Esses 15 países representam quase 70% da população e 80% do PIB do conjunto dos países periféricos. Se houver ampliação, a “conversa” deve se limitar à entrada de dez países.  

Ah! Mas alguns “especialistas” em geopolítica da grande mídia tem falado que os países que formam o BRICS não estabeleceram uma barreira para a entrada de países com “regimes ditatoriais”. Ora, a adesão é de países, não de governos. Se assim fosse, a Itália, governada pela neofascista Georgia Meloni e os EUA, governados entre 2017 e 2020 por Donald Trump, processado por conduta antidemocrática e tentativa de fraudar as eleições presidenciais, deveriam ser excluídos do G-7. E lembremos que algumas dessas ditaduras mencionadas (Arábia Saudita, Egito) são sustentadas pelo imperialismo norte-americano. 

O fato é que há uma disputa pela hegemonia global e os EUA desesperados fazem seguidas provocações à China e à Rússia. E como não enxergar hipocrisia e submissão aos EUA por parte do Tribunal Penal Internacional de Haia ao condenar Putin por crime de guerra na Ucrânia, não tendo dispensado à George W. Bush o mesmo tratamento, quando em 2003, para controlar o petróleo iraquiano, sob o falso pretexto de acabar com “armas de destruição em massa”, invadiu o país numa guerra que matou 100 mil civis iraquianos. E as centenas de milhares de civis e militares vietnamitas carbonizados pelas bombas de napalm lançadas pelos “democráticos” Lyndon Johnson e Richard Nixon entre 1965 e 1975, não foi crime de guerra?

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Júlio Miragaya

Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

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