A criação do União Brasil, a partir da fusão do DEM com o PSL, decidida em convenção simultânea na quarta-feira (7), pode mudar os rumos da campanha eleitoral em Brasília. Pelo acordo nacional, o novo partido será comandado no DF pelo núcleo do PSL, presidido por Manoel Arruda, homem de confiança do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.
Esta decisão desagrada ao presidente local do DEM, ex-deputado Alberto Fraga, e ao deputado federal Luís Miranda. “Quem tem votos somos nós e o partido vai ficar com os sem voto?”, questionou Fraga, que durante o encontro no Centro de Convenções andou o tempo todo ao lado do senador Izalci Lucas (PSDB).
União Brasil e a terceira via no DF
Izalci tenta se aproximar do novo partido para pavimentar uma terceira via. Pré-candidato ao Buriti, aproveitou para formalizar a sinalização de que gostaria do apoio do União no DF.
Em rota de colisão com Bolsonaro, Fraga e Miranda negociam com Izalci convencidos de que o presidente da República montará seu palanque no DF com a deputada Flávia Arruda (PL) concorrendo ao Buriti.
Chapa de Ibaneis
Mas o governador Ibaneis Rocha (MDB) aposta numa chapa em que Flávia disputará o Senado, apoiando sua reeleição. O próprio Ibaneis, no entanto, foi cotado como possível vice na chapa do ex-presidente Lula (PT).
Convidado para um jantar na casa do ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE) na quarta-feira (7), onde Lula foi a estrela, Ibaneis confirmou presença, mas acabou não comparecendo, após receber sinalizações do Planalto de que Bolsonaro não ficaria satisfeito com esse gesto do governador.