Rollemberg agrada alguns sindicatos ao sinalizar pagamento retroativo de reajustes para daqui a dois anos. Professores têm assembleia na segunda-feira (9)
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Mais três categorias de servidores públicos do Governo do Distrito Federal se juntaram às onze que estavam em greve e aumentaram o caos em Brasília e nas cidades-satélites. Desde terça-feira (3), funcionários da Novacap, da Assistência Social e Cultural e do Metrô suspenderam suas atividades para forçar o Executivo a conceder reajustes salariais e outras conquistas sociais. No mesmo dia, trabalhadores da Companhia Energética de Brasília (CEB) anunciaram que cruzarão os braços a partir de segunda-feira (9).
O aumento da mobilização dos trabalhadores forçou o governador Rodrigo Rollemberg a reabrir as negociações com os sindicalistas, inclusive com a mediação de deputados distritais. Na quinta-feira, várias rodadas de conversas ocorreram no Palácio do Buriti. Rollemberg mudou a postura, sinalizando o pagamento dos valores devidos às 32 categorias profissionais a partir de 2017, além de nomear concursados e manter as licenças-prêmio. O novo discurso agradou as lideranças sindicais e isso pode arrefecer as graves já a partir da próxima segunda-feira (9), quando os professores em greve desde o dia 15 de outubro voltam a se reunir em assembléia para decidir os rumos do movimento.
A greve na Saúde está suspensa parcialmente, embora auxiliares e técnicos em enfermagem e servidores do administrativo tenham encerrado a greve, os médicos não retornaram ao trabalho. Mesma decisão foi tomada pelas assembléias dos professores da rede oficial e dos servidores do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), do Departamento de Trânsito (Detran) e do Instituto Brasília Ambiental (Ibram).
Quem voltou do feriado de Finados na segunda-feira (2) esperando uma semana mais tranquila se enganou. Logo na terça-feira (3), o Metrô operou com apenas 30% do efetivo. No mesmo dia, temendo tumultos nas estações, a diretoria do Metrô paralisou todo o serviço. Os servidores, para não desrespeitar a legislação, se dispunham a manter 30% das atividades. Na quarta-feira (4), uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) entre os trabalhadores e a direção Metrô-DF terminou sem acordo e o transporte passou a operar apenas em horários de pico, das 6h às 9h e das 17h30 às 20h30.
O pessoal da Novacap também cruzou os braços na terça-feira (3). O órgão cuida da fiscalização de obras, desentupimento de bueiros, poda de árvores e manutenção do asfalto em todo o DF. Nesse início de período chuvoso, o risco é a degradação das pistas, por falta de manutenção, como as operações tapa-buracos, com risco de acidentes de trânsito e prejuízos para os proprietários de veículos. Os reajustes salariais e a negociação das datas-base são as principais reivindicações da categoria.
Além da Novacap e do Metrô, os servidores da Assistência Cultural e Social iniciaram uma paralisação na terça-feira (3). Com isso, 80% das atividades-fim do setor não estão sendo realizadas. A principal reivindicação da categoria é contra as sanções impopulares do governador Rodrigo Rollemberg, principalmente o aumento no preço das refeições dos Restaurantes Comunitários.
Os próximos a cruzar os braços serão os servidores da CEB, que a partir de segunda-feira (9) paralisarão todas as atividades. Ao todo, foram cinco rodadas de negociação em outubro em busca de acordo para os reajustes salariais. Entretanto, não houve avanços. A categoria reivindica a aplicação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nas cláusulas econômicas.
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Outras categorias
As 11 categorias que já estavam em greve são os técnicos em enfermagem, técnicos em radiologia e servidores da Agricultura e de escolas, merendeiros e porteiros. Os odontologistas, os agentes socioeducativos, os agentes penitenciários e os trabalhadores de hospitais públicos mantêm o indicativo de greve. Os trabalhadores do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) pretendem rediscutir as reivindicações levantadas na greve que terminou na terça-feira (3).