O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer firmar acordo com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para uma redução considerável dos arsenais nucleares em troca da retirada parcial ou total das sanções econômicas.
“Os países ocidentais têm sanções contra a Rússia. Vamos ver se podemos chegar a um bom acordo”, declarou o republicano Trump, segundo o jornal The Times. “Para começar, creio que deveríamos reduzir consideravelmente o número de almas nucleares. (…) A Rússia está passando por graves problemas devido às sanções, por isso acredito que podemos chegar a algo que possa beneficiar a muitos”, afirmou.
Contradição – Essas declarações Trump, feitas a menos de uma semana de sua posse, sexta-feira (20), contradizem as de um mês atrás, quando afirmou que seu país precisava “reforçar e aumentar seu poderio nuclear”.
Por enquanto, Moscou preferiu não comentar as declarações. “Primeiro, armemo-nos de paciência e esperemos até que o senhor Trump ocupe o posto de presidente, e depois teremos uma posição e avaliaremos suas iniciativas”, disse Dmitri Peskov, porta-voz do presidente da Federação Russa aos jornalistas.
“Imprevisível” – “Esta é uma proposta benéfica para a Rússia e, se viável, teremos de aceitá-la. No entanto, Trump é imprevisível: hoje diz uma coisa, amanhã diz outra. É preciso aguardar uma proposta oficial a Putin ou, ao menos, que seja dado um telefonema do secretário de Estado americano ao nosso ministro de Assuntos Exteriores, Serguei Lavrov”, disse à Gazeta Russa o general aposentado e pesquisador-chefe do Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais da Academia Russa de Ciências, Vladimir Dvorkin.
Porém, para Viktor Litovkin, coronel reformado e especialista militar da agência Tass, para que essas negociações tenham sucesso, é necessário não apenas anular as sanções, mas também reduzir a tensão nas regiões geopolíticas da Europa e do resto do mundo.
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