O Tribunal de Justiça do DF rejeitou uma manobra que poderia adiar o julgamento de integrantes da família Roriz, marcado para a próxima quarta-feira (13). Esta semana, a 5ª Turma Cível vai julgar recurso contra a condenação do ex-governador Joaquim Roriz e de suas três filhas, Jaqueline, Wesliane e Liliane, por improbidade administrativa. Rodrigo Roriz, neto do ex-governador, também é alvo da denúncia. Eles foram condenados em primeira instância em julho do ano passado e, caso o entendimento seja mantido, todos ficarão enquadrados na Lei da Ficha Limpa e não poderão mais disputar eleições.
Diante da iminência da análise do caso, o engenheiro Roberto Cortopassi Júnior, que também responde pelas denúncias, pediu concessão de vista dos autos por um prazo de cinco dias. O desembargador Josapha Francisco dos Santos, relator do processo, rejeitou o pedido. “Tendo em vista que o réu não se insurgiu contra a sentença, deixando transcorrer o prazo para interposição de apelação, indefiro o pedido de vista, uma vez que a apreciação dos apelos se encontra agendada na pauta da próxima sessão de julgamentos e o deferimento do pedido acarretaria retardo imotivado”, justificou o desembargador.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal, em 2006, o então governador Roriz teria facilitado um empréstimo do BRB à construtora WRJ Engenharia, em troca de 12 apartamentos para a família. Os irmãos Renato e Roberto Cortopassi, proprietários da WRJ; o ex-presidente do BRB Tarcísio Franklim de Moura, Antônio Cardozo de Oliveira e Geraldo Rui Pereira, ex-diretores do banco, e um dos filhos de Jaqueline Roriz, Rodrigo Roriz, também foram condenados por improbidade no mesmo processo.