Algumas alas militares procuraram de todo modo fugir de “analisar o caso como o caso foi” e procuram, de modo dissimulado, mudar a realidade dos dados históricos relacionados ao período da ditadura militar.
Aproveitam-se do momento político que estamos vivenciando, quando um governo de extrema direita, comandado por um insano, ou melhor, por uma família hipócrita e mentirosa, está a lhes permitir essa desfaçatez. De fato, ao contrário do que nos querem fazer acreditar, a ditadura militar foi um “período sombrio”, que enlameou a nossa história.
Não tendo argumentos sólidos para calar as vozes dissidentes, os militares passaram a adotar a violência, a tortura, a perseguição, especialmente contra os jovens que sonhavam e lutavam por uma sociedade mais justa, igualitária e solidária.
Essas vozes chegam ao cúmulo de tentar relacionar o período da ditadura militar com democracia e liberdade, numa insensatez absurda. As pesquisas históricas registram o caráter violento, autoritário e prepotente que caracterizou aquele triste período de 21 anos de nossa história. Lutar para que ele jamais se repita é dever de todo cidadão consciente.
Na realidade, nós, brasileiros, não pagamos e armamos as Forças Armadas e suas auxiliares – as Polícias Militares Estaduais – para nos amedrontar, agredir e matar, mas sim para que elas nos defendam de eventuais agressões externas e nos garantam a segurança de que necessitamos para viver em harmonia.
Enquanto as Forças Armadas não entenderem o seu papel em um Estado democrático de direito e continuarem a querer tutelar o poder político e as instituições, não passaremos de uma “república de bananas”.