Taguatinga tem sotaque nordestino, jeitinho mineiro, sangue pioneiro, raízes indígenas. Quando Brasília foi inaugurada, a cidade já tinha 26 mil habitantes, a maioria procedente dos acampamentos. Hoje, comemora 56 anos, vestida de verde e amarelo. De presente, além de ser anfitriã dos shows da Copa do Mundo, ganha o amor incondicional de mais de 200 mil moradores. São eles que reforçam dia a dia as características do lugar que, embora tenha ganhado ares de metrópole, mantém um jeito família de ser.
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Prédios cada vez mais robustos e altos convivem com casas antigas. Parques e praças tradicionais são espaços de convivência que não perdem relevância diante de alternativas de lazer oferecidas por shoppings e afins. Os que prosperam à frente dos negócios conservam laços estreitos com a cidade. Muitos dos que saem voltam, como a ex-jogadora de vôlei Leila.
A renda familiar média, superior a R$ 5 mil, abastece um comércio forte, que atrai, inclusive, muitos moradores do Plano Piloto. Os vizinhos também atendem a outro chamado de Taguatinga: o cultural. O festival de cinema organizado por William, o bar-galeria do fotógrafo Ivaldo, a poesia de Marina Mara, os mamulengos de Chico Simões e a arte de Omar Franco são algumas das marcas que formam a identidade da cidade. Referências do presente, mas com um pé fincado no passado, essas pessoas torcem para que Taguatinga viva um período de efervescência. Pode contribuir para isso a transferência do governo para a cidade ainda neste ano, quando será inaugurado um grande centro administrativo, que promete trazer investimentos e valorizar Taguá.