O procurador-geral da Suíça Michel Louber anunciou nesta quarta-feira o bloqueio de US$ 400 milhões — o equivalente a R$ 1,3 bilhão no câmbio de hoje — de pessoas e empresas investigadas por fraudes em contratos de empreiteiras com a Petrobras. Deste total, US$ 120 milhões (cerca de R$ 391 milhões) já foram liberados para a repatriação. O dinheiro foi bloqueado a partir de nove investigações abertas na Suíça sobre corrupção e lavagem de dinheiro desviado da Petrobras.
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— Não toleramos o uso do sistema bancário suíço para corrupção e lavagem de dinheiro — disse Lauber em entrevista ao lado do procurador-geral da República Rodrigo Janot.
Nesta semana, autoridades do Principado de Mônaco bloquearam 10 milhões de euros (R$ 34,7 milhões) do ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), há a suspeita de que o ex-diretor, que substituiu Nestor Cerveró, possa estar envolvido no esquema de corrupção.
Outro nome envolvido no escândalo de corrupção da Petrobras, o ex-diretor de Serviços da estatal, Renato Duque, movimentou 20,5 milhões de euros (cerca de R$ 70 milhões) por contas na Suíça, Hong Kong, Bahamas, Estados Unidos, Panamá e Portugal. De acordo com o Ministério Público Federal, Duque tentou esconder o rastro do dinheiro desviado de forma ilícita da estatal desde março do ano passado, quando a Operação Lava-Jato foi deflagrada.