O Sindicato dos Bancários de Brasília destaca que os trabalhadores do sistema financeiro, no âmbito do Decreto10.329/20, integram o rol de atividades tidas comoessenciais, e, por isso, atuam continuamente, durante todoo tempo da pandemia, na linha de frente das atividades de atendimento ao público, sendo fundamentais para mitigaras consequências econômicas da covid-19.
Assegurando pagamentos aos aposentados, diversosbenefícios e programas sociais, só para citar alguns exemplos, a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e o BRB foram responsáveis por milhões de atendimentos de auxílio-emergencial, Pronampe e Supera/DF. Apenas na Caixa, esse fluxo significou o atendimento de mais de 121 milhões de brasileiros – uma imensa exposição para atender as infindáveis filas.
Por todo o período, sem trégua, a categoria segue sem reconhecimento por parte dos governos e parlamentos, apesar das iniciativas incansáveis do Sindicato, que tem atuado em todas as frentes, na perspectiva de conseguir o justo direito à imunização.
A reivindicação dos bancários tem fundamento porque encontra argumento na recomendação da OMS 1, que demonstra que em um cenário epidemiológico de transmissão comunitária, grupos sociais e trabalhadores essenciais que estão expostos a níveis elevados de risco de se contaminar e transmitir infecção devem ser considerados para priorização de vacinas.
Nas enquetes realizadas pelo Sindicato nos locais de trabalho, verifica-se que a quase totalidade dos trabalhadores já esteve exposta ao vírus, o que representa um risco enorme à sua saúde e à sua vida, além da de seus familiares e clientes.
Greve – “Com as notícias de casos graves e óbitos de colegas, o temor só aumenta a cada nova situação”, aponta o presidente do Sindicato, Kleytton Morais. Segundo dados do Caged, analisados pelo Dieese, a situação de exposição da categoria bancária é gritante, pois somente no período da pandemia a evolução do número de óbitos subiu mais de 180%.
O presidente do Sindicato reforça que a inclusão dos trabalhadores do ramo financeiro nos grupos prioritários para a vacinação da Covid-19 é medida sanitária de extrema urgência. Ele destaca que, se necessário for, o Sindicato convocará paralisação por vacina já, caso não se avancem as tratativas junto ao Ministério da Saúde e ao GDF.