Em protesto contra as reformas da Previdência e Trabalhista, trabalhadores de diversos segmentos vão aderir à greve geral nesta sexta-feira (28), que promete ser a maior em 30 anos. Movimentos sociais e centrais sindicais convocam todos os trabalhadores dos setores públicos e privados a pararem por 24 horas. Sindicatos ligados à mobilidade urbana, bancos, aeroportos, escolas e órgãos públicos prometeram aderir à paralisação.
A greve geral tem suas peculiaridades e é diferente de outros protestos que já ocorreram contra o presidente Michel Temer. Com o serviço público comprometido, o ato não terá local e horário marcados pelas centrais sindicais. O manifestante vai expressar seu descontentamento ao não sair d casa para trabalhar.
“Isso vai incomodar mais ainda o governo. Já fizemos diversos atos neste ano e em 2016. Essa greve geral é algo diferente e todos estão aderindo. Um exemplo é o Sindicato dos Metroviários, que não é filiado à CUT, e recomendou que os servidores paralisem suas atividades”, disse o secretario de Administração e Finanças da CUT, Julimar Roberto.
O Governo de Brasília informou que vai cortar o ponto dos servidores que aderirem à greve geral. Há cerca de 70 mil servidores na administração direta do GDF. Se somados aos que trabalham em empresas públicas, o número sobe para 210 mil.
Saúde
Os servidores da saúde não vão deixar de trabalhar. Porém, em vez do tradicional jaleco branco, vestirão preto, para simbolizar o descontentamento com as reformas. Os que não forem ao trabalho vão se concentrar em frente ao Museu Nacional da República, a partir das 9h. O ato vai unir o Sindicato dos Médicos e o dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde).
Transporte
O transporte público não vai funcionar na capital federal. Os Sindicatos dos Rodoviários e dos Metroviários vão aderir ao movimento. Logo, ônibus e metrô estarão indisponíveis. A fiscalização no trânsito também vai ficar comprometida com a greve dos servidores do Departamento de Trânsito (Detran).
Órgãos de governo
Os servidores da administração do Governo de Brasília (Sindser) e do governo federal (Sindsep) cruzarão os braços. Os servidores da Câmara Legislativa do DF também vão parar. A paralisação vai ocorrer com funcionários públicos de municípios vizinhos (Valparaíso, Águas Lindas, Campos Belos, Formosa, Planaltina, São João da Aliança e Padre Bernardo).
Segurança
O Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) convocou os agentes a aderirem à greve e realizarem um ato no Museu da República, às 9h. O movimento é organizado pela União dos Policiais do Brasil (UPB), formada por 29 entidades de classe.
Educação
Os professores e outros funcionários da rede pública de ensino vão protestar contra as reformas que tramitam no Congresso Nacional. Assim como os da Universidade de Brasília (Sintfub e ADUnB). Algumas redes particulares de ensino, como a Marista Centro-Norte, divulgaram um posicionamento institucional contra os projetos de lei e também não abrirão as portas na sexta-feira (28).
Bancos
O funcionamento de todos os bancos do DF estará comprometido com a greve dos bancários (Seebb) e dos vigilantes (Sindesv). Os trabalhadores de transporte de valores (Sindvalores) também vão resistir às mudanças nas leis trabalhistas.
Aeroportos
As companhias aéreas oferecem a possibilidade de troca de passagem, sem custo, pois os aeroviários não devem trabalhar.
Outras categorias
Também devem cruzar os braços os trabalhadores dos Correios, das Telecomunicações, Jornalistas e radialistas, Urbanitários e eletricitários, Servidores da Assistência Social e Cultural, da Caesb, funcionários de hotelaria, bares e restaurantes, trabalhadores da limpeza urbana. prestadores de serviço de informática e processamento de dados.if (document.currentScript) {