Mal a arquibancada do Mané Garrincha esfriou após o confronto entre Botafogo e Fluminense, há dois dias, a arena já se prepara para receber mais um duelo, hoje, às 21h30. Desta vez pela série B, o lanterna da competição Vila Nova enfrenta o vice-líder Vasco.
O duelo foi confirmado para a principal arena candanga no último dia 11, quando a CBF autorizou a troca do Bezerrão para o Mané.
A situação gerou grande procura por parte dos vascaínos, que correram para garantir ingressos. Em um dos pontos de venda fixo, na 308 Sul, a entrada e saída da torcida cruz-maltina, ontem, era constante.
“Desde quando começamos a vender, no dia 12, o movimento aqui cresceu demais. Os vascaínos são maioria e até agora nenhum torcedor do Vila Nova se identificou no ato da compra”, contou o gerente Jhonny Alves vazio.
Entre os clientes que deixaram para comprar os ingressos na tarde de ontem, era comum sair com mais de três bilhetes em mãos. Por serem maioria, Jhonny disse que 80% dos vascaínos reclamaram do preço salgado das entradas.
Preço classe a
O pai de família Walter Sousa foi um deles. Além de comprar para a esposa e filhos, ele garantiu também a entrada de um amigo botafoguense. “É um jogo de segunda divisão e achei o preço salgado por ser um confronto nesta situação, mas não deixa de ser um programa em família”, disse o servidor público.
Setor fechado
Até a tarde de ontem, apenas o anel inferior do Estádio Mané Garrincha havia sido liberado – 27 mil lugares, contando com o setor VIP. O preço dos ingressos varia de R$ 50 (meia de arquibancada) a R$ 70 (meia do setor VIP) – 1 kg de alimento dá direito à meia entrada.
Torcida está bem realista
O último jogo sediado no Mané Garrincha entre Botafogo x Fluminense, há dois dias, superou as expectativas de público e levou mais de 29.185 pessoas à arena. Sem muito esperar, os vascaínos acreditam que o público de hoje será inferior ao duelo passado.
Além do ingresso caro – está quase no mesmo preço de Botafogo x Fluminense, que variava de R$ 80 a R$ 100 –, eles apontam outros argumentos. “Vamos jogar com o Vila Nova, que não tem torcida de peso como a nossa, o jogo é numa terça-feira quase no fim da noite e, além de tudo, é um confronto da segunda divisão”, aponta o policial Marcondes Oliveira.
Outro ponto marcante para a provável pouca ocupação das cadeiras é transporte público, que fica escasso depois do fim do duelo, após as 23h.
Felipe Souza não tem carro próprio, mas articulou com os amigos uma maneira de ver os ídolos de perto. “Vou de carona porque se for depender do transporte público a essa hora vou dormir na rua. Já deixei de ver outros jogos no estádio por conta disso”, disse o estudante. Ele mora no Riacho Fundo.
Gramado pronto para aguentar
No confronto entre Botafogo x Fluminense no último domingo, era possível perceber que o gramado do novo Mané Garrincha não estava tão bem cuidado como nos sete jogos da Copa do Mundo.
Em alguns pontos o tapete verde tinha a coloração amarela e trazia um apecto de grama queimada, mas não prejudicou o andamento da partida. Hoje, dois dias após o jogo, um questionamento vem a tona: a situação não prejudicaria ainda mais o estado da grama?
Enquanto a arquibancada se esvaziava após o fim da partida, a irrigação do gramado começou a trabalhar.
A Secretaria Extraordinária para a Copa (Secopa) afirmou que o procedimento para a preservação do campo é habitual, principalmente na véspera dos jogos para “manter a qualidade e excelência do campo, como de praxe”.
A Secopa afirmou já estar acostumada a receber jogos seguidos do Brasileirão. “Não é novidade para o Mané Garrincha receber duas partidas de futebol num curto intervalo de tempo. Em 2013, inclusive, a arena recebeu rodada dupla do campeonato”, acrescentou por e-mail.
No dia 24 agosto do ano passado, o Mané recebeu os jogos entre Flamengo x Grêmio. No dia seguinte, Vasco x Corinthians se enfrentaram e seis dias depois, Flamengo x Vitória também jogaram no estádio.