Pior do que ouvir a frase “socorro, meu filho come mal!”, é ouvir: “Socorro, meu filho não quer comer nada!”. Alguns profissionais apontam a seletividade alimentar extrema ou a recusa alimentar como um transtorno alimentar infantil, caracterizado por uma tríade de recusa alimentar, pouco apetite e desinteresse pelo alimento.
A introdução de alimentos sólidos complementares ao leite materno, que deve ocorrer aos seis meses de vida, é um processo muito importante, num período crítico. Ele deve ser conduzido de uma forma muito leve pelos responsáveis. Além disso, o comportamento alimentar da família é um dos pilares para os quadros de recusa de alimentos.
Em estudos norte-americanos com crianças altamente seletivas, os principais grupos alimentares envolvidos no processo de seletividade identificados foram frutas, legumes e verduras.
O conceito de “sabedoria do corpo”, criado pela Dra. Clara Davis, que experimentou oferecer uma dieta variada às crianças, descreve que elas são capazes de escolher sua própria comida de forma equilibrada, mesmo que o apetite apresente variação de dia para dia e de refeição para refeição.
É natural alguma seletividade entre a criança, bem como alteração do apetite, mas os pais devem ficar de olho e procurar um nutricionista especialista em alimentação infantil para encontra a melhor estratégia a ser utilizada.
Em alguns casos, pode haver a necessidade de uma atuação em conjunto com um psicólogo.