Adenor Leonardo Bacchi ou simplesmente Tite, de 55 anos, foi apresentado como novo técnico da Seleção Brasileira nesta segunda-feira (20). O treinador atendeu a imprensa no auditório da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Na coletiva de imprensa, o ex-comandante do Corinthians explicou por que aceitou o convite do presidente da CBF, Marco Polo del Nero, já que no ano passado Tite participou de abaixo-assinado que exigia a renúncia do cartola, acusado de participar em escândalos de corrupção. Del Nero não viaja ao exterior com a Seleção Brasileira por temer ser detido.
“A minha atividade e o convite que me foi feito foi para ser técnico da Seleção Brasileira. Entendo que essa atribuição é a melhor maneira para eu contribuir naquilo que eu tenho a ideia do que foi a minha vida. Adjetivos como transparência, democratização, excelência e modernidade fazem parte da forma como eu penso e a forma que eu trago para o futebol. Meu legado pode falar a esse respeito. Penso dessa forma não só no futebol, mas em outras áreas também, seja na política ou na sociedade”, esclareceuo.
O técnico procurou desmistificar a questão de escola de treinadores gaúchos, já que os últimos três profissionais que assumiram o cargo nasceram no Rio Grande do Sul (Mano Menezes, Felipão e Dunga). “Acredito em uma escola brasileira com duas vertentes muito separadas: uma que premia a triangulação, organização e posse de bola, e outra que é mais de contato físico e bola longa. Existem técnicos gaúchos das duas escolas, cariocas e paulistas também. Se fosse traduzir minha escola, teria semelhanças com a do Seu Telê e do Seu Ênio Andrade”, afirmou.
Tite também revelou que deverá trabalhar em conjunto com os treinadores dos clubes dos seus prováveis selecionados. Ele que embarca nesta amanhã (21) para os Estados Unidos onde irá acompanhar o confronto da Colômbia na Copa América, time que o Brasil irá enfrentar no próximo dia 6 de setembro pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
O novo comandante ainda deixou um recado para os brasileiros: “A Seleção não tem que ter a cara do Tite, tem que ter a cara do Brasil, a cara dos atletas. Tem muita transição, muita rapidez com a base da Seleção, fora a qualidade técnica que tem. Minha função é ajustar isso e potencializar\”, finalizou.