Quase 13 milhões de pessoas estão desempregadas no Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sem expectativas de conseguir carteira assinada, muitos trabalhadores apostam em nichos de mercado como alternativa de renda. Um deles é o marketing multinível, modelo de venda direta que trabalha com a criação de uma rede. No ano passado, ele registrou R$ 40,4 bilhões em negócios, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD).
Esse tipo de venda consiste em oferecer produtos ou serviços diretamente ao consumidor, presencialmente ou pela internet. Entre suas vantagens, está o menor número de intermediários entre quem produz e quem consome, com base nos relacionamentos pessoais. “Funciona como uma rede. Família, amigos e conhecidos tornam-se clientes, tanto para comprar quanto para convidar outras pessoas. Nesse caso, a rede ganha uma comissão em cada venda feita pelos ‘distribuidores independentes’ que consegue recrutar”, explica a analista do Sebrae Minas Andreza Capelo.
Outro ponto positivo desse tipo de negócio é o investimento mínimo na compra de produtos, o que facilita o início das operações. O “distribuidor independente” não precisa investir em infraestrutura, não assume o pagamento de salários dos empregados que participam das tarefas administrativas da empresa e nem arrisca seu capital montando um grande negócio.
Não confunda
Antes de aceitar o convite de uma empresa, pesquise se o negócio é marketing multinível ou um modelo de pirâmide (que é ilegal no Brasil).
Algumas diferenças importantes:
– O foco da pirâmide é o recrutamento de novos participantes. O marketing multinível visa vender produtos.
– Na pirâmide, há casos em que os produtos ou serviços sequer existem ou têm valor muito acima dos similares presentes no mercado
– Em suas reuniões, o treinamento não é voltado para a venda, e sim para o recrutamento
– Além do resultado das vendas, o faturamento individual se baseia no número de pessoas recrutadas para a rede
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