Durante a entrega da revitalização da Praça do Relógio, inauguração do Espaço Memorial Taguatinga e da nova galeria de ex-administradores da cidade, o governador Rodrigo Rollemberg concedeu uma rápida entrevista ao Brasília Capital sobre a polêmica com o deputado federal Laerte Bessa (PR). Confira:
Por que esse impasse com o deputado Laerte Bessa? – Não tem impasse. Se você pegar a execução histórica do Fundo Constitucional, vai ver que no meu governo foi onde se teve utilização do maior percentual do Fundo para segurança pública.
Quantos por cento? – Chegou próximo de 60%. O que a emenda proposta pelo Laerte Bessa queria era – ao fixar percentuais para a PM, Polícia Civil e Bombeiro, chegando a 65% – na prática, retirar mais de R$ 1 bilhão da educação e da saúde. Isso traria um caos ao DF.
O senhor acredita que o objetivo dele era assegurar a paridade da Polícia Civil do DF com a Polícia Federal? – Era um pretexto para garantir o percentual do fundo para eles. Mas isso traria um enorme prejuízo para a educação e para a saúde. É importante que o gestor tenha alguma liberdade para utilizar esse recurso da melhor forma para o conjunto da população. Por isso nós argumentamos que seria muito ruim a aprovação do projeto.
O que dizer sobre a forma como ele reage ao ser contrariado? – Eu acho que isso desqualifica o próprio Parlamento. Lá é um local de debate. De disputa de ideias, teses e projetos. Quando se parte para a ofensa pessoal e a agressão física, desqualifica o próprio exercício da atividade parlamentar. O descontrole emocional o levou a agredir um servidor público do GDF que estava ali para cumprir uma missão institucional. Isso desqualifica o exercício da atividade parlamentar.