A passarela de pedestres mais próxima da entrada da Cidade Estrutural, que corta a rodovia DF-095, põe em risco não apenas quem a utiliza para fazer a travessia, mas também os veículos que transitam na via e passam por baixo dela. A estrutura metálica está enferrujada em vários pontos, o que chama a atenção de usuários de ônibus ― há duas paradas no local ― e de motoristas.
O Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal calculou que aproximadamente 130 mil veículos passam todos os dias no local. O DER-DF informa que participa de um grupo de trabalho e que nos próximos dias serão definidas as prioridades para os reparos. O departamento não divulgou levantamento de quantos locais estão em situação semelhante, oferecendo riscos aos usuários.
No caso da Estrutural, o DER garantiu que as passarelas da DF-095 já foram analisadas. O Brasília Capital visitou passarelas em outros locais em que pedestres reclamam da insegurança provocada pela falta de manutenção dos equipamentos. E também de outros problemas que os afetam nas imediações das travessias.
A enfermeira Edileuza Araújo, de 60 anos, que atravessa a passarela da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA), do Cruzeiro para o Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), diariamente convive com o medo de desastres e de alagamentos. De acordo com ela, há ocasiões em que a polícia precisa ser chamada.
“Por volta de 13h, os estudantes saem dos colégios públicos e vêm aqui para a passarela consumir droga. Como eles têm a visão de quem entra e sai, eles não têm preocupação. Algumas vezes a polícia ainda consegue fechar as saídas. Mas nesse horário prefiro atravessar por baixo”, disse Edileuza.
A estudante Sabrina Barros, que atravessa a passarela da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), do Riacho Fundo l para a ADE de Águas Claras, reclama da falta de cobertura. “Quando chove, não temos como nos proteger. Além disso, falta iluminação para quem passa à noite”, disse.
Veja galeria de fotos da passarela: