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Brasil

Rabo de porco, focinho de porco, orelha de porco

  • Júlio Miragaya
  • 20/10/2022
  • 08:00

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

Júlio Miragaya – Foto: Michael Melo/Metrópoles

Júlio Miragaya (*)

Há algum tempo se discute na mídia e no meio acadêmico sobre as similaridades entre o bolsonarismo e o fascismo. Muitos vêm fortes semelhanças e outros alegam que, embora apresentem semelhanças, o bolsonarismo não pode ser classificado como fascismo. Sem pretender ter a resposta, apresento alguns elementos para reflexão.

Comecemos comparando a trajetória de Bolsonaro com outros líderes fascistas. Ele foi um tenente medíocre. Expulso do Exército, se tornou um parlamentar medíocre do “baixo clero”. Do mesmo modo, Hitler foi um cabo medíocre do Exército alemão e político inexpressivo até 1928, assim como Mussolini, jornalista vulgar e militar inexpressivo.

Charlatões, bufões, dotados de discurso tosco e agressivo. É isto o que os torna assemelhados. E por que pessoas tão inexpressivas e intelectualmente limitadas alcançaram o posto máximo em seus países. Em todos os casos, foi o último recurso que as respectivas burguesias nacionais lançaram mão para derrotar forças de esquerda em ascensão. Na Alemanha, para derrotar os partidos Social-Democrata e Comunista; na Itália, para derrotar o Partido Socialista; no Brasil, para derrotar o PT.

O bolsonarismo não se acanha em copiar lemas fascistas. “Deus, pátria e família” é o mesmo lema dos integralistas, movimento fascista brasileiro da década de 1930. “Brasil acima de tudo”, é cópia do lema hitleriano “Deutschland uber alles” (Alemanha acima de tudo). E alguém já reparou que o lema bolsonarista “uma nação, um povo, um líder” é cópia do hitleriano “Ein Volk, ein Reich, ein Fuhrer”?

Bolsonaro recebeu a visita da deputada Beatrix von Storch, líder do partido de extrema direita AfD (Alternativa para a Alemanha) e neta de um ex-ministro de Hitler. Seus ministros e assessores repetem citações nazistas e simulam gestos supremacistas da KKK. A similaridade passa ainda pelo discurso supremacista branco e xenófobo, pelo combate ao feminismo e à causa LGBT, pela hipócrita defesa dos valores tradicionais da família cristã, pela negação da democracia e pela apologia da antipolítica.

Mas o grau de agressividade alcançado pelo nazismo alemão e pelo fascismo italiano estão alguns pontos acima. As tropas de choque das SA alemães e os camisas negras italianos foram acionadas para atacar adversários políticos e intelectuais, invadir sindicatos e espancar grevistas, e foram responsáveis por milhares de mortes, antes mesmo de alcançarem o poder.

Na Alemanha e na Itália, Hitler e Mussolini ascenderam diante da conivência e passividade de grande parte da classe média, que não acreditava que eles chegariam a fazer o que fizeram. No Brasil já foram identificados 530 grupos neonazistas, certamente armados, na condição de Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs). Podem vir a ser o embrião de tropas de assalto? Não seria razoável pagar para ver. Trata-se de impedir tamanha ameaça.

Meninas venezuelanas:

“Parei a moto e olhei 3 ou 4 menininhas, bonitas e arrumadinhas, de 14 ou 15 anos. Pintou um clima. Voltei. Posso entrar na sua casa? Entrei. Tinha umas 15 ou 20 meninas venezuelanas se arrumando, sábado de manhã. Pergunto: para quê? Ganhar a vida”.

Em tal discurso, há três possibilidades: a) Bolsonaro prevaricou, pois viu uma casa que promovia exploração sexual de meninas e se calou; b) Bolsonaro mentiu, criou mais uma fake, pois sabia que se tratava de uma ação social que qualificava meninas e resolveu fazer um discurso “pró-família”, de como as coisas estão desandadas, aproveitando para fazer uma crítica velada à Venezuela; c) Bolsonaro é um pedófilo nojento e foi atrás de um programinha.

A primeira hipótese se provou inverídica; a segunda mostra que se trata de um mentiroso contumaz. Quanto à terceira, quem duvida?

(*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

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Júlio Miragaya

Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

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