O Partido dos Trabalhadores apresentou nesta 5ª feira (28.set.2017) ao Conselho de Ética do Senado uma representação (íntegra) contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) pedindo apuração sobre quebra de decoro.
Aécio já foi alvo de pedido de abertura de investigação, mas o processo foi arquivado. A justificativa mais uma vez são os áudios entre Aécio e o empresário Josely Batista, da JBS.
No pedido, o PT diz que o tucano afirma, na gravação, que “o valor solicitado se destinara ao pagamento de sua defesa técnica na operação Lava Jato“.
Os petistas descrevem o repasse de recursos a Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio Neves, e depois a 1 secretário do senador Zeze Perrella (PMDB-MG), aliado de Aécio.
“Consta no inquérito que foram feitas 4 entregas de R$ 500 mil cada uma. As filmagens da Polícia Federal mostram que, após receber o dinheiro, Frederico Pacheco de Medeiros repassou, ainda em São Paulo, as malas para Mendherson Souza Lima, secretário parlamentar do senador Zeze Perrella (PMDB-MG). Mendherson levou de carro o valor para Belo Horizonte. Fez 3 viagens –sempre seguido pela PF.”
O PT pede a instauração de procedimento disciplinar contra Aécio e o compartilhamento de provas produzidas nos inquéritos que envolvem o senador.
PT defende Aécio – No caso em que o STF pede o afastamento de Aécio do Senado, o PT defende o tucano. Em nota, o partido classifica como “esdrúxula” da Corte. A sigla afirmou que decisão sobre o rival político é 1 sintoma de hipertrofia do Judiciário. Para o PT, o afastamento do senador tem que ser tomado pela própria Casa e não por uma intervenção do Supremo.