Os candidatos a cargos majoritários da coligação Somos Todos Brasília, que reúne PSB, PDT, PSD e Solidariedade, foram os campeões na arrecadação de recursos para a campanha até agora. Dados da primeira prestação de contas, divulgados ontem pelo Tribunal Superior Eleitoral, mostram que Rodrigo Rollemberg (PSB) foi o concorrente ao Governo do Distrito Federal que mais reuniu dinheiro, com doações que somam R$ 1,1 milhão. Entre os postulantes do DF ao Senado, Reguffe (PDT), que faz dobradinha com Rollemberg, aparece em primeiro, com R$ 245 mil arrecadados. No total, todos os candidatos ao GDF obtiveram, juntos, R$ 2,2 milhões até então. O valor é 2,5 vezes o que foi reunido a essa altura da corrida eleitoral de 2010. Ao longo da campanha, os concorrentes têm que prestar contas três vezes, em agosto, setembro e novembro.
Campeão de arrecadação até 2 de agosto, Rollemberg recebeu doações de pessoas físicas e jurídicas. Cerca de R$ 410 mil vieram da empresa Arosuco, com sede em Manaus, e R$ 350 mil da empresa JBS S.A. O candidato do PSB recebeu ainda R$ 200 mil do empresário Guilherme Leal, da companhia Natura, que registrou a doação como pessoa física. Rollemberg já gastou, até agora, R$ 1,3 milhão. A maior despesa foi com a produção de jingles e vinhetas, ao custo total de R$ 150 mil.
O candidato Luiz Pitiman (PSDB) declarou receitas de R$ 800,6 mil e despesas de R$ 643,6 mil. O principal doador foi Via Engenharia, que destinou R$ 500 mil ao diretório tucano. O concorrente do PSDB também usou R$ 300 mil de recursos dele para a campanha — o maior valor retirado do próprio bolso entre os participantes da corrida eleitoral. Entre os gastos de Pitiman, os maiores foram com a produção de programas de rádio e televisão. O tucano destinou R$ 300 mil para essa rubrica.
O ex-governador José Roberto Arruda (PR) arrecadou, até então, R$ 490 mil e despendeu R$ 160,4 mil. A única doadora que aparece na prestação de contas do candidato é a empresa Toya Setal Empreendimentos, da área de óleo, gás e estaleiros. Entre as despesas de Arruda, o maior investimento está na produção de material impresso, que consumiu R$ 102 mil.
Agnelo Queiroz aparece em quarto lugar no ranking dos candidatos que mais arrecadaram. Ele teve receitas totais de R$ 285 mil e empregou R$ 408 mil. Todos os recursos destinados à campanha do petista, até a data da primeira prestação de contas, vieram da companhia ACDA, que atua na área de importação e exportação e tem sede no Acre. Os maiores gastos de Agnelo foram com a locação de imóveis, que consumiu R$ 150 mil, e com a produção de material impresso de publicidade, ao custo de R$ 152,2 mil.
Já Toninho do PSol conseguiu R$ 2,3 mil. Desses, R$ 1 mil vieram do próprio bolso e o restante é de doação de pessoas físicas. O representante do PSol ainda não registrou despesas de campanha.