Há um clima de tensão entre funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Circula pelos gabinetes dos dois bancos a informação de que um processo de fusão entre eles estaria em estudo dentro do governo de Michel Temer.
A ideia que circula entre técnicos da equipe econômica prevê a transferência de todas as operações da Caixa para o BB, com exceção da área imobiliária. Com isso, a Caixa se transformaria em uma agência imobiliária, responsável exclusivamente pelo financiamento da casa própria.
Essa proposta não é nova. Já circulou pelo governo de Fernando Henrique Cardoso, mas acabou engavetada diante das fortes pressões de políticos e dos sindicatos, contrários à ideia. Agora, acredita-se que a fusão pode decolar, diante da imagem negativa que os bancos públicos ficaram ao serem usados pelo governo Dilma Rousseff para as pedaladas fiscais.
Os empregados das duas instituições estão em alerta. Temem que, com a fusão dos negócios comerciais e com a Caixa restrita ao mercado imobiliário, vagas sejam fechadas e benefícios, cortados. Muitos reconhecem que a saúde da Caixa, por causa do excessivo uso político nos últimos anos, não é boa e exigirá socorro do Tesouro Nacional. Mas acreditam que tudo poderá ser revolvido com uma boa gestão.