A pouco mais de um mês do início dos Jogos Olímpicos, policiais civis do Rio de Janeiro fizeram hoje (27) um protesto e paralisaram parcialmente o atendimento em delegacias do estado, contra atrasos nos salários, falta de material de expediente, serviços de limpeza e escassez de combustível. A categoria também não descarta parar durante a Olimpíada, segundo o presidente da Coligação de Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Colpol-RJ), Fábio Neira.
“A paciência acabou. Agora a questão é de subsistência. Estamos em um colapso. Vamos, gradativamente, aumentando o movimento. Não queremos radicalizar, mas o governo está nos levando a isso. A base está muito insatisfeita e sem perspectiva. Uma paralisação total não pode ser descartada”, disse Neira sobre a possibilidade de greve da categoria durante os Jogos.
Centenas de policiais se reuniram em frente à Chefia de Polícia, na Lapa, e depois seguiram em passeata pelas ruas do centro, com faixas e cartazes de protesto, até a Assembleia Legislativa (Alerj).
“Queremos a volta da integralidade dos salários; que o pagamento volte para o segundo dia útil; condições dignas nas delegacias; o fim da cota de combustível e que os terceirizados voltem a trabalhar”, acrescentou o presidente da Colpol.
A Polícia Civil divulgou nota dizendo que entende as reivindicações dos agentes, consideradas justas e motivadas em razão das dificuldades da categoria, e informou que os delegados avaliariam as ocorrências nas delegacias para encaminhar as mais urgentes, durante a paralisação.