Associações vinculadas à Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) são alvo da Operação Lote Fácil, da Polícia Civil do DF, nesta quinta-feira (23/6). Segundo a investigação, que durou quase um ano, as entidades cobravam até R$ 15 mil de pessoas já cadastradas no programa para que elas passassem na frente de outros beneficiários e recebessem as casas ou apartamentos em poucos meses. Há indícios de envolvimento de servidores públicos de outros órgãos, como o Senado e o Ministério do Esporte, que auxiliavam na negociação desses lotes.
De acordo com a Coordenação de Repressão a Crimes contra o Consumidor, Ordem Tributária e a Fraudes (CORF), agentes vão às ruas de cidades como Sobradinho, Planaltina, Asa Sul, Guará, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Santa Maria, Taguatinga e Ceilândia para cumprir 19 mandados de prisão, 14 de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para depoimento, e 25 de busca e apreensão.
Os suspeitos ofereciam facilidades para a aquisição de casas e terrenos “sem fila e burocracia”, por meio da propaganda boca a boca. Segundo o coordenador da CORF, delegado Jeferson Lisboa, os criminosos conseguiam viabilizar o processo para essas pessoas mesmo que elas não possuíssem alguns documentos e comprovantes exigidos para a entrega do lote. Para isso, forneciam documentos falsos.
Os presos devem responder à Justiça pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, estelionato, dentre outros.