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Dilma reúne governadores para pedir ajuda e recebe cobrança por mais repasses para os estados
Da Redação
Pouco se evoluiu depois de três horas e meia de reunião, na quinta-feira (30), entre a presidente Dilma Rousseff e os 26 governadores de estados e do Distrito Federal. O encontro, convocado pelo Palácio do Planalto, tinha o objetivo de negociar o apoio dos chefes de executivos contra a chamada “pauta bomba” do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em troca de mais recurso para as unidades da federação.
Os governadores escolheram “a dedo” as lideranças para enumerar suas demandas. Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, discorreu representando a Amazônia Legal. O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), falou em nome do Centro-Oeste, assim como Geraldo Alckmin (PSDB-SP) pelo Sudeste, Raimundo Colombo (PSD-SC) pelo Sul e Ricardo Coutinho (PSB-PB) pelo Nordeste.
Dilma Rousseff quer assegurar a governabilidade. Para isto, ofereceu a unificação das alíquotas estaduais para repatriação de recursos do exterior para compor o fundo de compensação aos estados. Os governadores, por sua vez, querem a unificação do ICMS para encerrar a guerra fiscal entre estados. Defendem a sanção de uma emenda constitucional que permite a utilização de até 70% dos depósitos judiciais para pagamento de dívidas. O Planalto anunciou que vai criar um grupo de trabalho para discutir o tema a partir de segunda-feira (3).
A presidente reconheceu que o país passa por um momento difícil e cobrou atitude dos governantes. \”Eu não nego as dificuldades, mas afirmo que todos nós, e o governo federal em particular, temos como enfrentar essas dificuldades e em um prazo bem mais curto do que alguns pensam. […] É importante estabelecer parcerias e enfrentar os problemas juntos\”, discursou.
Apesar das críticas, principalmente do governador de São Paulo, Geraldo Alckimin (PSDB), a presidente se mostrou otimista com relação ao futuro da economia.
Além do apoio à unificação das alíquotas do ICMS, o Planalto pediu ajuda aos governadores para encaminhar ao governo federal sugestões de obras a serem incluídas no pacote de concessões. O governo também dividiu com os governadores a responsabilidade de controlar a inflação e buscar o equilíbrio fiscal das contas públicas.
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Por fim, Dilma propôs um pacto em prol da segurança pública. Para isso, cobrou um esforço de todos no sentido de reduzir o número de homicídios e o déficit carcerário, incentivar o Pronatec Aprendiz e apoiar o programa de paz no trânsito.
Dos 26 governadores, apenas o gestor do Mato Grosso do Sul enviou a vice, alegando viagem internacional. Além dos chefe de executivos, estavam presentes o vice-presidente Michel Temer, e os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Aloizio Mercadante (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Justiça), Arthur Chioro (Saúde), Eliseu Padilha (Aviação Civil), Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social), Guilherme Afif Domingos (Micro e Pequenas Empresas) e Gilberto Kassab (Cidades).
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