Imagina o líder do Campeonato Brasileiro atuando em casa com grande apoio da torcida e com a possibilidade de terminar a rodada como campeão. A postura esperada seria de controlar a posse de bola e pressionar o adversário desde o início, certo?
Esse foi exatamente o clima do primeiro tempo da partida do Palmeiras contra o Botafogo, vencida por 1 a 0 e que deixou o Verdão bem perto de confirmar a conquista nacional (falta só um ponto para isso). O gol do triunfo, porém, saiu em um momento totalmente inesperado.
Com Cleiton Xavier no lugar de Thiago Santos, Cuca montou o Palmeiras para ter mais controle do meio de campo até o ataque. A ideia funcionou na teoria e na prática, porque os donos da casa tiveram 71% de posse de bola na primeira etapa. Mas, quase sempre parado nas faltas da defesa botafoguense, os palmeirenses não conseguiram traduzir em gols a supremacia – foram três chances claras, com Moisés, Gabriel Jesus e Dudu.
Depois do intervalo, a postura do Botafogo chegou a ameaçar o protagonismo palmeirense. Em velocidade, quase sempre explorando as costas de Zé Roberto, os cariocas pressionaram e fizeram Jailson trabalhar. Além disso, ameaçaram a defesa alviverde e obrigaram Cuca a mexer.
Com Alecsandro no lugar de Cleiton Xavier, Dudu deixou a ponta esquerda e ficou solto no sistema ofensivo. E foi num contra-ataque que o Verdão recuperou o controle do jogo e deu importante passo para o título do Campeonato Brasileiro.
Quando o Botafogo era melhor, Dudu fugiu pela direita em velocidade, mas errou no passe para Gabriel Jesus. Sem desistir da jogada, o camisa 33 recuperou a bola e cruzou para a pequena área, onde Dudu apareceu livre e, no alto dos seus 1,66m, como um típico camisa 9, ele cabeceou com estilo para fazer o gol da partida (veja abaixo).
Pressão superada, o Verdão contou com uma dedicação de campeão para levar o 1 a 0 até o fim. A cada dividida de Gabriel, a cada recuperação de Moisés, a cada defesa de Jailson, a cada desarme de Jean, a cada bola aérea vencida por Vitor Hugo, a cada avanço de Gabriel Jesus, uma comemoração imponente dos quase 40 mil palmeirenses presentes na arena.
Emoção que parece valer pelos 22 anos de jejum do clube no torneio, agora bem próximo de ser encerrado. Cuca, por exemplo, disse que o Palmeiras \”está pronto para ser campeão\”.
A longa espera está com os dias contados. Um empate contra Chapecoense ou Vitória, ou tropeço do Santos contra Flamengo ou América-MG, dá ao Palmeiras o seu nono título nacional.
Até a foto já está pronta…
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