Um acidente no dia 21 de dezembro do ano passado causou uma grave fratura no tornozelo direito de Raimundo Carvalho Gusmão, 62 anos. Desde aquela data, ele está internado no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).
No atendimento de emergência, foram implantados pinos para fixação no local do ferimento. Mas ele precisava passar por uma cirurgia, que vinha sendo postergada. O caso foi tornado público na terça-feira (1º) pelo deputado Chico Vigilante (PT), na volta dos trabalhos na Câmara Legislativa.
Aproveitando a presença do governador Ibaneis Rocha (MDB) no plenário, o distrital chegou a exibir um áudio em que o paciente relatava o desespero de sentir “a perna fedendo” e os médicos não definirem uma data para amputar o membro.
A notícia foi manchete da edição 552 do Brasília Capital, que circulou no sábado (5) com ampla matéria também publicada no site e em todas as plataformas digitais. A repercussão foi imediata. E já na madrugada do mesmo dia Raimundo foi submetido à cirurgia de amputação.
“Infelizmente, tiveram de cortar a perna do senhor Raimundo acima do joelho porque a infecção estava muito grave. É lamentável, mas se não fosse assim o homem iria morrer”, disse Vigilante.
No domingo (6), o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IGESDF), responsável pelo HBDF, enviou a seguinte nota ao Brasília Capital:
“O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) informa que as equipes do Hospital de Base (HB) estão realizando todas as condutas necessárias para prestar o melhor atendimento ao paciente R.C.G., internado desde 21 de dezembro de 2021.
“Ele chegou à unidade hospitalar com uma fratura grave no tornozelo direito, que foi submetida a tratamento cirúrgico. Entretanto, em 5 de janeiro, foi diagnosticado com trombose arterial, que ocasionou prejuízo à circulação sanguínea local e infecção no membro operado.
“Foram realizados todos os esforços que estavam ao alcance das equipes médicas para tratar o membro. Porém, foi necessário indicar a amputação, o qual a família só autorizou a realização em 29 de janeiro, momento em que o paciente não possuía mais condições clínicas.
“Somente neste sábado (5) foi possível fazer a cirurgia de amputação. Agora, o paciente segue em observação”.