Até o momento, já foram descobertas várias provas da tentativa de golpe em 8 de janeiro: com o coronel Mauro Cid, a minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que seria acionada por Bolsonaro em dezembro de 2022 convocando as Forças Armadas para debelar atos de vandalismo realizados em Brasília e em rodovias de vários estados pelos próprios bolsonaristas; e, com o ex-ministro Anderson Torres, a minuta do Estado de Defesa no TSE, com a prisão de seus membros e a anulação da eleição de Lula.
Além de Cid e Torres, de mais “graudinho” houve apenas as prisões do major Aílton Barros e do sargento Luís Reis e o depoimento do tenente-coronel Élcio Franco. Ainda na área militar, os oficiais de pijamas (reserva) atuantes nos clubes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica; dos comandantes das três armas à época: general Gustavo Dutra, do Exército; almirante Almir Garnier, da Marinha; e brigadeiro Carlos Batista Júnior, da Aeronáutica, assim como do comandante militar do Planalto, general Gustavo Dutra, e do chefe do GSI, general Gonçalves Dias.
A Polícia Federal, a Procuradoria Geral da República e o Ministério Público já denunciaram cerca de 1.200 extremistas de direita pela tentativa de golpe. Mas a maioria é “peixe pequeno”. Como não apurar, no entanto, o envolvimento dos generais “Praga Neto” e “Augusto Veneno” (o general Villas Boas está fora dessa, coitado, já não fala e tampouco escreve).
Quanto aos financiadores, há vasto material sobre o envolvimento de várias entidades do “ogronegócio”, como a Aprosoja, UDR, da ABCZ, ABAG, a turma da Agrishow de Ribeirão Preto, ruralistas da FPA no Congresso Nacional etc. E vão achar também gente do mercado financeiro e empresários da indústria e do comércio. É só procurar.