Antes mesmo de entrar em operação, o posto de combustíveis que surgirá na Praça do DI já causa transtornos e põe em risco a vida de pessoas em Taguatinga. Na noite de quarta-feira (20), por volta das 20h, o muro da casa 3 da QNA 25 desmoronou. Ela é vizinha ao terreno da esquina, onde o posto da Rede Braga começou a ser construído.
Por trás do tapume, os operários têm trabalhado à noite, provavelmente para evitar reclamações da população, que é contra esse tipo de comércio naquela localidade. Na quarta-feira, um trator abria um buraco onde ficarão os tanques com capacidade para 30 mil litros de combustível. A movimentação de terra fez o muro ruir e causou profundas rachaduras no pisoe nas paredes da casa vizinha.
O imóvel também pertence ao proprietário da Rede Braga, Wilson Moreira Braga, e é alugado para a família de Marleide Vilarin, de 56 anos. Ela mora com a filha e a neta, e no momento do acidente preparava o jantar. O barulho da queda do muro e o rompimento de um cano que fez a água jorrar assustaram as três.
Apavorada com a situação, Dona Marleide avisou a um funcionário de Wilson Braga, identificado como Rubens, que não tem mais interesse de continuar morando na casa.“Quero mudar daqui o mais rápido possível. Passei a noite em claro com minha neta e minha filha. Estamos com medo da casa vir a baixo com a gente dentro”, disse.
O gestor da Rede Braga, Valney Martins, avalia como normal esse tipo de ocorrência em obras. Segundo ele, desde o primeiro momento após o acidente foram tomadas providências para reduzir os transtornos. “Montamos uma equipe que está trabalhando para resolver o problema”, afirmou.
Martins assegurou que a Caesb foi avisada do rompimento do cano e, após os consertos,sua expectativa é de que a estrutura fique pronta ainda neste fim de semana para instalação dos tanques subterrâneos no lote.
A administradora de Taguatinga, Karolyne Guimarães, tomou conhecimento do acidente por intermédio da reportagem do Brasília Capital. Enviou um engenheiro da área de licenciamento e alvarás de obras para uma inspeção. Segundo o técnico, os responsáveis pelo posto informaram que a derrubada do muro estava prevista no projeto da obra.