Caroline Romeiro (*)
Em 2020, 15,9% das crianças brasileiras com menos de cinco anos e 31,7% das crianças de cinco a nove anos tinham excesso de peso. Dessas, 7,4% e 15,8%, respectivamente, apresentavam obesidade.
Considerando todas as crianças brasileiras menores de 10 anos, estima-se que cerca de 6,4 milhões tenham excesso de peso e 3,1 milhões tenham obesidade. Esses números são alarmantes!
A alimentação entre as crianças está cada vez pior, como mostram dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013). Entre as crianças menores de dois anos, 60,8% consomem biscoitos, bolachas e bolos, e 32,3% tomam refrigerante ou suco artificial.
Todos os alimentos e bebidas descritos anteriormente são ricos em açúcar e gordura trans, além de serem hiperpalatáveis, o que contribui para reforçar os maus-hábitos dos pequenos.
Além da má alimentação, outra causa da obesidade infantil é o sedentarismo, que começa cada vez mais cedo, pelo estímulo ao uso de telas pelas crianças.
O Ministério da Saúde reconhece que a obesidade infantil é uma prioridade de saúde pública. Por isso, a Estratégia de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil, conhecida como “Proteja”, visa apoiar gestores na implementação de ações efetivas para a reversão do quadro de obesidade infantil nos municípios brasileiros.
(*) Mestre em Nutrição Humana e doutoranda em Ciências da Saúde
Instagram: @carolromeiro_nutricionista