Agrotóxicos são produtos químicos sintéticos, utilizados pela indústria agrícola para o controle de pragas na lavoura e definidos como produtos e agentes de processos químicos e/ou biológicos. Seu uso é destinado aos setores de produção e armazenamento de produtos agrícolas. O uso de agrotóxicos gera incerteza em relação à segurança da saúde, tanto humana quanto animal, e do meio ambiente.
O Brasil é um dos países que mais consomem agrotóxicos no mundo – uma média de 5,2 quilos de “veneno agrícola” por habitante, segundo uma pesquisa feita em 2013 pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer). Atrás do Brasil, os países que também apresentam alto consumo de agrotóxicos são os Estados Unidos e a China.
O uso indiscriminado de agrotóxicos tem resultado em intoxicações em diferentes graus, desde a produção no campo até a chegada ao consumidor. E tem se tornado cada vez mais crescente o uso desses compostos, sendo perceptível os severos efeitos que podem causar, sejam agudos – que aparecem durante ou após o contato com o agrotóxico – ou crônicos, que se desenvolvem a longo prazo.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o uso contínuo de agrotóxicos é responsável por cerca de 200 mil mortes por intoxicação aguda por ano. Como explica o ex-gerente-geral de Toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles, o risco dessas irregularidades para a saúde humana não é imediato, mas os danos causados pelo consumo de produtos com agrotóxicos a longo prazo precisam ser levados em consideração.
“Dificilmente alguém vai comer um tomate ou um mamão e passar mal no momento seguinte. Mas o consumo de alimentos com resíduos de agrotóxicos envolve riscos que podem ser cumulativos e até desconhecidos”, explica.
Diante disso, assine já a petição #CHEGADEAGROTÓXICOS: https://www.chegadeagrotoxicos.org.br/
(*) Texto elaborado pelos estudantes do curso de Nutrição da Universidade Católica de Brasília (UCB) – Jamile Braz, Rhaylane Gomes, Bárbara Miguel e Juliana Almeida.