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Brasil, colaboradores, Economia

O emprego industrial no Brasil e em Brasília

  • Júlio Miragaya
  • 01/08/2023
  • 07:00

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Arquivo/ Agência Brasil

É fato que o setor industrial brasileiro regrediu nas últimas décadas. Sua participação no PIB declinou; a participação dos setores mais dinâmicos também refluiu e sua participação nas exportações caiu para níveis inferiores aos da década de 1980. Mas no período de 1995 e 2015, o emprego industrial teve desempenho positivo. E o mais importante: o processo de relocalização industrial continuou a todo vapor, com forte decréscimo nas principais regiões metropolitanas e elevado crescimento nas aglomerações urbanas em torno das cidades de porte médio.

É o que revela o estudo do IPEA “Brasil, Brasis: reconfigurações territoriais da indústria no século XXI”. Analisando a evolução entre 1995 e 2015 de 160 áreas metropolitanas e aglomerações urbanas com mais de 10 mil empregos na indústria, os autores apontam que, enquanto o emprego na indústria caiu na RM de São Paulo de 1,1 milhão (25,5% do total nacional) para 877 mil (14%) e na RM do Rio de Janeiro de 271 mil (6,3%) para 238 mil (3,8%), houve uma substantiva expansão nas RMs e nas capitais menos industrializadas, particularmente nas do Centro-Oeste: Goiânia (crescimento de 160%), Campo Grande (141%) e Cuiabá (129%).

As expansões mais espetaculares ocorreram em aglomerações com reduzida expressão industrial, casos de Sinop (MT), com incríveis 1.463%; Parauapebas (PA), com 820%; e Macaé (RJ) com 757%, todas em função da pequena base em 1995. Mas foram as aglomerações com alguma tradição industrial as que tiraram melhor proveito do processo de relocalização territorial. No Nordeste, destaques para Sobral (CE), com aumento de 335%; Feira de Santana (BA), 266%, e Campina Grande (PB), 152%. No Sul, sobressaíram Itajaí (SC), com 306%; Cascavel (PR), 254% e Passo Fundo (RS), com 128%.

No Sudeste, ocorreu crescimento robusto em aglomerações como Pouso Alegre (MG), com 200%; Divinópolis (MG), com 138% e Volta Redonda/Barra Mansa (RJ), com 120%. Mesmo no estado de São Paulo, diversas aglomerações urbanas importantes absorveram parte das indústrias que não tinham mais a Grande São Paulo como opção de instalação: São José do Rio Preto (124%); Ribeirão Preto (78%); e Piracicaba (70%).

Mas quem melhor aproveitou este processo foi o Centro-Oeste. Além de Sinop, destaques para Rio Verde (GO), com aumento de 636%; Dourados (MS), com 503%; Três Lagoas (MS), 447%; e Rondonópolis (MT), 248%. Diante deste cenário de forte incremento do emprego industrial na região – já citamos aqui que entre as 26 capitais do País, as três do Centro-Oeste foram as que tiveram maior incremento – chama a atenção o caso de Brasília. Em sua RM (DF e 12 municípios do Entorno Metropolitano) eram apenas 27,8 mil empregos na indústria em 2015.

A título de comparação, o emprego industrial na RM de Goiânia em 2015 – cuja população é 2/3 dos 4,1 milhões residentes na RM de Brasília – foi três vezes maior (84,7 mil). Em Anápolis, com 500 mil habitantes (oito vezes menos que na RM de Brasília), os empregos na indústria aumentaram 293%, chegando a 40 mil (44% maior que o empregado na Capital Federal), embora em 1995 fosse 32% menor.

Tais números expõem mais do que a fragilidade do setor em Brasília. Escancara a total inépcia de sucessivos governos em buscarem se beneficiar do processo de relocalização industrial em curso. Sob falsos argumentos, como “Brasília é a Capital Federal, não deve ter indústria”, ou “aqui não tem espaço para indústria”, buscaram esconder a sua incompetência.

Em relação ao primeiro argumento, basta citar que Tóquio, Seul, Buenos Aires, Cidade do México e Moscou estão entre os principais centros industriais de seus países. Quanto ao segundo, Cingapura, com um território oito vezes menor que o do DF ostenta um valor da transformação industrial nada menos que 70 vezes superior.

Como uma RM com mais de 400 mil desempregados pode prescindir de um setor que gera renda, tributos e muitos empregos em serviços de apoio à atividade industrial? Como abdicar de gerar receita própria para ficar apelando ao Brasil a manutenção do bilionário Fundo Constitucional?

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Júlio Miragaya

Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

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