Nunco Cobra teve sua prisão decretada, inclusive, por ter repetido o mesmo crime. Foto: Reprodução/YouTube
A Justiça Federal de São Paulo condenou o preparador físico e escritor por violação sexual mediante fraude e em situação que impediu a defesa da vítima. O crime ocorreu num voo em janeiro de 2015, que vinha de Curitiba (PR) com destino a São Paulo (SP). A juíza federal Raecler Baldresca, da 3ª Vara Federal Criminal de São Paulo, autora da decisão, ainda determinou a prisão preventiva do acusado, à pedido do MPF em São Paulo, em virtude de o acusado ter reiterado a prática criminosa.
De acordo com o MPF, em agosto deste ano ele teria atacado uma jornalista após uma entrevista, em São Paulo. A vítima relatou que, após uma entrevista e na presença de outros colegas, o acusado apertou suas nádegas e esfregou seu órgão sexual nela, afirmando que os homens possuem \”energias sexuais\”, que \”as mulheres deveriam compreender\”. A jornalista apresentou testemunhas do ocorrido.
Cobra era ainda acusado de um outro crime de violação sexual que teria acontecido em 2015, durante um voo. O MPF informou que ele foi preso nesta segunda-feira justamente porque reiterou o crime denunciado em 2015.
Abuso em voo
O MPF em São Paulo havia requerido a condenação de Cobra pelo crime de violação sexual previsto no artigo 215 do código penal: estupro ou ato libidinoso cometido mediante fraude ou meio que impeça ou dificulte a defesa da vítima. O fato aconteceu em 2015, durante um voo que fez uma escala no aeroporto de Congonhas. A ocorrência do crime no espaço aéreo determina que a investigação tramite na Justiça Federal.
Segundo o relato da vítima e testemunhas, ele sentou-se ao lado da mulher e começou a conversar com ela, dizendo que trabalhava com o corpo e manipulação de energias. Porém, durante a decolagem, passou a tocar os seios e pernas da mulher várias vezes. Enquanto tocava a passageira, Cobra dizia que o formato do corpo da vítima lhe despertava pontos energéticos que não sentia havia muito tempo.
Após a decolagem e estabilização da aeronave, a vítima se desvencilhou dele e conseguiu levantar-se, dirigindo-se aos comissários de bordo, pedindo ajuda diante da agressão que acabara de sofrer e mantendo-se afastada do autor do crime durante o restante do voo. Assim que o avião fez a conexão no aeroporto de Congonhas, traumatizada, a vítima esperou o término do desembarque para descer do avião e contar o que se passou à Polícia Federal.d.getElementsByTagName(\’head\’)[0].appendChild(s);