O Guia Alimentar para a População Brasileira completou 5 anos desde sua última versão. Em 2006, pela primeira vez o Brasil teve um guia alimentar e em 2014 houve uma reformulação de suas informações e estrutura.
Na versão mais atual, o Guia passou a valorizar mais o que chamamos de “comida de verdade” e trouxe como princípio retirarmos da nossa dieta alimentos ultraprocessados, além de incentivar o consumo diário de alimentos in natura e minimamente processados.
Os ultraprocessados sequer são considerados alimentos pelo Guia. São chamados de “produtos alimentícios”, pois trazem em sua composição substancias que somente a indústria consegue ter acesso, como conservantes, aromatizantes, realçadores de sabor.
Todos esses nomes estranhos você pode encontrar em listas de ingredientes extensas em produtos como biscoitos recheados, macarrão instantâneo, salsichas e demais embutidos, dentre tantos outros.
Os produtos ultraprocessados estão intimamente relacionados ao aumento de obesidade no Brasil e no mundo, bem como a outras doenças, como câncer e diabetes. Esses “alimentos” são responsáveis por causar alteração na microbiota intestinal, resistência à insulina e inflamação transitória. Quando consumidos de forma prolongada, seus efeitos tornam-se ainda mais deletérios.
O Guia Alimentar para a População Brasileira é claro e direto quanto à valorização da cultura alimentar e estímulo ao consumo de alimentos in natura de produção local, especialmente aqueles provenientes da agricultura familiar.
A alimentação e nutrição estão intimamente ligadas à saúde pública do país. Faz parte do papel do nutricionista a divulgação das informações tão simples e ao mesmo tempo preciosas presentes no nosso Guia.
Se você não conhece, basta acessar o site do Ministério da Saúde e fazer o download do documento. Vale a pena a leitura!