O Governo do Distrito Federal está investindo R$ 35 milhões no projeto Feira Legal, o maior programa de reforma de feiras da história da Capital. As feiras são uma tradição em Brasília, principalmente pela influência da migração de nordestinos, e desde o início deste ano, quatro já foram reformadas. A expectativa da Novacap é revitalizar outras 34 feiras e shoppings populares até o final de 2022.
As unidades da Candangolândia, Gama, Riacho Fundo e da M-Norte, em Taguatinga, ganharam calçadas amplas e acessíveis, novas vagas de estacionamento, obras no telhado e ampliação da rede de drenagem. “Após a revitalização, esses locais estarão limpos, organizados e com a mesma variedade e receptividade de sempre”, diz o presidente da Novacap, Fernando Leite.
O Feira Legal visa modernizar e legalizar os pontos de encontro que reúnem gastronomia, cultura, vestuário, entre outros segmentos, em um só estabelecimento. Piauiense de nascimento e criado em Ceilândia, a maior cidade nordestina do País fora do Nordeste, o governador Ibaneis Rocha é um entusiasta do projeto. “São pelo menos 17 mil pessoas que tiram sua sobrevivência trabalhando nesses locais”, ressalta.
Isenção de taxas até 2023 para o setor
Uma proposta do GDF aprovada pela Câmara Legislativa isenta, até o final de 2023, quiosqueiros, donos de box em feiras, bancas de jornal e revista, food trucks e demais estabelecimentos que utilizam espaços públicos da capital. A remissão fiscal para ajudar esses segmentos custará R$ 26,3 milhões aos cofres do governo.
Ao Brasília Capital, o vice-governador Paco Britto (foto) ressaltou a importância da medida para socorrer esses comerciantes que foram diretamente atingidos pela pandemia. “São muitas famílias que dependem das feiras e quiosques para sobreviverem. A iniciativa que tomamos em conjunto com os deputados distritais foi determinante para mantermos as feiras abertas e à disposição da população”, afirmou.
Raimundo Aguiar, 52 anos, nunca tinha enfrentado uma crise financeira tão forte em seus 22 anos como quiosqueiro. “Passamos muito tempo fechados, sem poder trabalhar, e mesmo após a reabertura o movimento não é mais o mesmo. Muitos clientes ainda não se sentem confortáveis, ainda que a gente tome todas as medidas de segurança”, destaca o dono de um quiosque de alimentação em Ceilândia. “Essa vai nos ajudar, principalmente as famílias que dependem do seu negócio para comer o pão de cada dia”.
“Eu tenho um carinho muito grande pelas feiras. Elas são a praia dos brasilienses. É nelas que nos encontramos nos fins de semana. Portanto, deixa-las em boas condições de uso, tanto pelos feirantes quanto pelos seus clientes é um motivo de grande satisfação para todos nós”, concluiu o governador Ibaneis Rocha.