Caroline Romeiro (*)
Mais da metade da população adulta brasileira está com excesso de peso, e 25,9% apresentam obesidade. Esses dados epidemiológicos refletem a saúde das nossas crianças e adolescentes. Afinal, as famílias estão mais pesadas.
Você sabia que uma criança obesa tem cinco vezes mais risco de ser um adulto obeso? E que crianças com pais obesos também têm mais chance de serem obesas?
Mas uma coisa precisa ficar clara: a menor parte deste risco está associada à carga genética. O que mais influencia nesse cenário são os hábitos de vida da família. Ou seja, os alimentos que entram em casa e que fazem parte da rotina alimentar das crianças e adolescentes, bem como outros hábitos relacionados à exposição excessiva a telas. Isso significa maior tempo sedentário.
E por que estou falando isso? Porque quando a gente trata um adolescente com excesso de peso está lidando com diversas dores. E precisamos ter uma escuta acolhedora. Mas, acima de tudo, precisamos tratar a família.
Nesse contexto, peço que cada um olhe para seus hábitos de vida e perceba o que é preciso mudar ou melhorar para que possa garantir mais saúde para os seus filhos.
Afinal, o excesso de peso e a obesidade são responsáveis pela maior parte das doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, câncer, doença gordurosa do fígado…
Se você tem um adolescente em casa que precisa perder peso, procure ajuda e se comprometa com ele a ajuda-lo nessa empreitada!
(*) Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas 1a Região
Instagram: @carolromeiro_nutricionista