O volume de água do Rio Descoberto, responsável pelo abastecimento de 65% do Distrito Federal, atingiu 24,97% (o mínimo ideal é 60%) nesta segunda-feira (24). Com isso, a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) começa a aplicar 20% de tarifa de contingência, com aumento real de 10% na conta de água do consumidor com vencimento em dezembro. No entanto, para as residências cadastradas como populares, os porcentuais são menores: de 10% na tarifa de contingência e de 5% no aumento real.
Anunciada pelo presidente da Caesb, Maurício Luduvice, a medida vai afetar quem consome mais de 10 metros cúbicos (ou 10 mil litros) de água por mês. Cerca de 40% das residências do DF gastam menos que isso. Prestadores de serviços de caráter essencial, como os ligados a hospitais, hemocentros, centros de diálise, prontos-socorros, casas de saúde e estabelecimentos de internação coletiva — a exemplo de presídios —, também ficam isentos.
A tarifa finda com nova resolução da Adasa, que será publicada quando a agência entender não haver riscos de entrar em estado de restrição de uso — o racionamento (em caso de 20% ou menos do volume do reservatório).
No que depender da previsão do tempo, os níveis dos reservatórios permanecerão baixos – nesta segunda-feira (24), o de Santa Maria está em 43,03%, também abaixo dos 60% considerados o mínimo ideal. Amanhã (25), o dia deve ser ensolarado, com mínima de 17°C e máxima de 29°C. A quarta-feira (26) deve ser parcialmente nublada, com mínima de 17°C e máxima de 30°C.
Situação crítica – A taxa de contingência é amparada pela Resolução nº 15, de 16 de setembro de 2016, que colocou Brasília em situação crítica de escassez hídrica. O valor não incide sobre a tarifa de esgoto.
A Caesb reitera a importância da Lei n° 4.341, de 22 de junho de 2009, que estimula a economia de água — o brasiliense consome, em média, 151,6 litros de água por dia, enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda no máximo 110 diários.
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