“Então é Natal, e o que você fez?”, clássica música natalina da Simony, nos faz essa pergunta anualmente. Chegamos naquela época do ano em que podemos repensar as experiências vividas, as derrotas, as conquistas e buscar novos objetivos e desafios para o próximo ano.
O Natal marca o ponto alto das comemorações de fim de ano. Ele vem permeado com simbolismos, como a árvore, a ceia e o papai Noel. Estes, ao analisarmos seus significados, nos remetem a ideia de alegria, união, esperança e família (seja ela de sangue, de laços, amigos etc.).
O papai Noel é o bom velhinho, aquele que traz presentes -e alegria- para as crianças. Este símbolo levanta a questão: além dos bens materiais, como levar alegria para as nossas crianças? Como podemos estar presentes? Como dar a elas a atenção dada pelo “bom velhinho”? A correria do dia a dia nos impede, muitas vezes, de estarmos presentes na vida dessas crianças, contudo, é nesse momento que podemos refletir: o que de fato importa, a presença ou o presente?
Reflexão natalina que deve ser mantida e trabalhada ao longo do ano, já que parte da demanda dos consultórios infantis é, justamente, a ausência (muitas vezes presente, porém por meio de bens materiais) sentida pelas crianças.
A ceia de Natal possui o intuito de unir as pessoas. A fartura pode ser vista como uma alusão à fome que as sociedades antigas passaram. Nesse momento, dois temas nos saltam aos olhos. O primeiro é a fartura em contraposição à fome que muitos ainda passam. Relembrar que nem sempre o que temos é o que todos têm pode nos possibilitar a reflexão para o próximo ano: como contrabalancear a minha fartura com a fome do
outro?
Outro ponto que chama atenção é a ideia da união. Sabemos que nem todas as famílias são perfeitas. Brigas, discussões e embates acontecem ao longo do ano. O Natal chega como uma possibilidade de reconciliação, com os outros e com nós mesmos. E, para isso, nada mais simbólico do que sentar à mesa e “dividir o pão”. Assim, podemos pensar o lado “romântico” do Natal como um momento não apenas de abundância, mas de busca por renovação. Por um ano alegre e com mudanças que nos façam melhores.
Esse tipo de reflexão nem sempre é possível no dia a dia, portanto, nada melhor do que aproveitar esse momento para nos repensarmos e buscarmos novo ano abertos às mudanças.