Caroline Romeiro (*)
Se você é mãe, com certeza já passou por essa situação: foi à casa de amigos ou familiares com seu bebê e alguém quis dar um docinho, um bolinho ou um biscoitinho para a criança.
Já vi, inclusive, pediatra recomendando “danoninho” na introdução alimentar. E se você não sabe o problema que são essas introduções de açúcar de forma precoce, vou te contar.
Hoje, toda a literatura científica nos mostra que a introdução de açúcar extra (ou seja, adicionado a alimentos como doces e outras preparações) antes dos dois anos de vida está relacionada ao maior risco para o desenvolvimento da obesidade e doenças crônicas, como o câncer e doenças cardiovasculares.
E não é exagero. Afinal, a introdução precoce molda o paladar dessas crianças, que passam a não ter prazer no consumo de alimentos in natura e naturalmente doces, como as frutas.
Geralmente, essas crianças só ficam satisfeitas com sucos muito doces ou alimentos que chamamos de hiperpalatáveis, ricos em sódio, açúcar e gorduras.
Essa condição leva a um padrão alimentar não saudável, e o quanto antes isso acontece, maiores são os riscos e perigos à saúde.
Por isso, não ofereça bebidas açucaradas, refrigerantes e doces para crianças menores de dois anos.
A saúde pública daqui a 20 ou 30 anos agradece!
(*) Presidente do Conselho Regional de Nutricionistas 1ª Região
Instagram: @carolromeiro_nutricionista