O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) encerrou as investigações da 1ª Fase da Operação Drácon e apresentou os resultados em entrevista coletiva, nesta segunda-feira (21). Foram denunciados por corrupção passiva a presidente afastada da Casa deputada Celina Leão, os distritais Raimundo Ribeiro, ambos do PPS, além de Julio César (PRB), Bispo Renato Andrade (PR) e Cristiano Araújo (PSD), único não integrante da Mesa Diretora. Os distritais, se condenados, podem pegar até 24 anos de prisão.
A corrupção passiva se refere a dois episódios distintos. Os deputados são acusados pelo MP de pedir propina ao presidente da Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco), Luiz Afonso Assad, em troca da destinação de recursos para a reforma de escolas. Segundo a denúncia, os parlamentares receberiam 5% do valor \”de volta\”.
Além disso, os cinco distritais também teria negociado propina com empresas que fornecem serviços de UTI no DF e tinham dívidas pendentes do governo Agnelo Queiroz. Com a negociação, segundo o MP, essas faturas \”passaram na frente\” e foram quitadas no fim de 2015.
O MP também denunciou o ex-secretário-geral da Mesa Diretora Valério Neves, Alexandre Cerqueira, ex-secretário executivo da Terceira Secretaria da Câmara, vinculado ao Bispo Renato, e Ricardo Cardoso, que era do Fundo de Saúde da Secretaria de Saúde.
Com a denúncia, os promotores pediram ao TJDFT o afastamento cautelar do mandato de todos os deputados que integram a Mesa Diretora, até o fim das investigações. Hoje, somente Celina está afastada.
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