A investigação que levou à quebra de sigilo do vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos) reuniu “indícios suficientes” de desvio de dinheiro público, prática chamada de peculato, no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro, segundo informou o Ministério Público do Rio à Justiça fluminense. As informações são do jornal O Globo.
O MP suspeita que Carlos tenha empregado “funcionários fantasmas” entre 2001 e 2019 e investiga se a manutenção desses assessores pode configurar, além de desvio, a apropriação indevida de recursos.
Ao pedir a quebra de sigilo de Carlos e de mais 20 ex-assessores, o MP traçou paralelo com o “modus operandi” identificado nas investigações sobre a prática de “rachadinha” no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio.
Em paralelo, Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, também é investigada. Um relatório do Coaf anexado à investigação mostra que a conta bancária de uma das empresas de Ana Cristina realizou 1.185 saques entre 2008 e 2014 que somaram R$ 1,1 milhão em espécie.