A 3ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) determinou o arquivamento das ações movidas por moradores de Taguatinga contra a construção de dois postos de combustíveis em áreas residenciais na QNA 25 e na QND 46. A primeira unidade fica ao lado de residências e de comércios na Praça do DI, e a outra, no Pistão Norte, foi construída a apenas 50 metros da Escola Classe 15.
O movimento Defensores de Taguatinga, apontou uma série de riscos que o funcionamento dos dois postos pode oferecer. Entre outros, aumento do número de acidentes de trânsito e da criminalidade, poluição ambiental, incêndios, falta de estacionamentos públicos, depreciação imobiliária, queda da qualidade de vida dos moradores e assinatura de alvará de construção sem estudo urbanístico e ambiental.
Após analisar as justificativas da Administração Regional de Taguatinga e da Secretaria de Gestão do Território de Habitação (Segeth), a promotora Marisa Isar dos Santos não encontrou razões para proibir o funcionamento dos dois estabelecimentos. “Efetivadas as providências pertinentes e obtidos os elementos informativos, não mais se justifica a intervenção da Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb)”, determinou Marisa Isar.
Reação – O coordenador do movimento Defensores de Taguatinga, José Luís Lopes, garante que não desistirá. “O Ministério Público está sendo omisso neste caso. A partir do arquivamento de nossa ação, qualquer desastre que venha a ocorrer nesses dois postos será responsabilidade do MP, que está sendo conivente com esta situação. Mas nós não ficaremos parados. Reagiremos em outras instâncias. Brigaremos até o fim”, afirmou o líder comunitário.