O Ministério Público Federal (MPF) confirmou hoje (28) que o grupo empresarial de Donald Trump, candidato à presidência dos Estados Unidos, é investigado na Operação Greenfield, da Polícia Federal (PF), que apura fraudes em fundos de pensão de servidores públicos.
De acordo com o MPF, os investigadores suspeitam de irregularidades no aporte de recursos do Instituto Serpro de Seguridade Social (Serpros) e do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igeprev) em um fundo de investimentos que participou da construção do Trump Hotel, no Rio de Janeiro. As suspeitas envolvem R$ 77,3 milhões da carteira de investimentos do Serpros e R$ 54,3 milhões, do Igeprev.
As apurações também indicam que a Trump Organization pode ter sido beneficiada com recursos do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia (FI-FGTS). Os fatos também são investigados em uma ação penal que tramita na Justiça Federal em Brasília, na qual o ex-deputado federal Eduardo Cunha é réu.
Em nota, o MPF informou que a investigação “não significa a antecipação de culpa dos envolvidos” e “posição final” do órgão acusatório sobre a ilegalidade dos fatos.
Hillary – O diretor do FBI, James Comey, enviou carta a membros do Congresso norte-americano dizendo que reabrirá o inquérito sobre o uso de servidores de email privados pela candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, quando ela era secretária de Estado (2009-2013).
Segundo Comey, o objetivo da investigação é descobrir se novas mensagens descobertas pela polícia federal dos EUA continham material confidencial. No entanto, ele ressaltou que ainda não sabe quanto tempo será necessário para examinar os emails.
As mensagens foram encontradas durante as apurações de um caso sem relação com esse, o que fez o diretor do FBI determinar a realização de \”investigações apropriadas\”. Porém, Comey não especificou como e quando esses emails foram descobertos, dizendo que isso ocorreu \”recentemente\”.
Comentaristas políticos americanos ventilaram a hipótese de o novo inquérito ter ligação com os recentes vazamentos de comunicações do Partido Democrata pelo site WikiLeaks, de Julian Assange, e que a Casa Branca imputa ao governo russo.
\”Um grande dia da nossa campanha acaba de ficar ainda melhor\”, escreveu no Twitter Kellyanne Conway, responsável pela campanha do republicano Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos. O próprio candidato disse estar \”contente\” que o FBI tente \”remediar os horríveis erros cometidos\” na investigação anterior.
Em junho passado, o órgão havia decidido não incriminar Hillary pelo uso de servidores privados durante o exercício do cargo de secretária de Estado por não ter encontrado provas de que ela e sua equipe quisessem violar a lei.
Contudo, o relatório final da polícia disse que ela tinha sido \”extremamente negligente\”. Enquanto liderou a diplomacia do país, Hillary usou servidores privados para enviar mensagens oficiais, impedindo as autoridades de terem acesso aos registros, como é de praxe para quem ocupa cargos públicos.
Além disso, os republicanos acusam a democrata de ter colocado a segurança nacional em risco, e Trump já chegou até a pedir a prisão da rival. A reabertura do inquérito pelo FBI pode representar um duro golpe para a campanha de Hillary, faltando pouco mais de dez dias da eleição de 8 de novembro.