Basta sair às ruas para perceber que as pessoas têm aderido, cada vez mais, à democrática prática da corrida. Quem tem dinheiro e melhor equipamento não sai na frente de quem gasta pouco, mas tem disciplina para treinar todos os dias. O esporte, que virou vício para muitos ex-sedentários, deixou de ser exclusividade de atletas para conquistar pessoas que buscam uma atividade recreativa e de fácil acesso para melhorar a saúde do corpo e da mente.
Foi pensando nisso que a analista de sistemas Karla Martins de Lima Alonso, 37 anos, decidiu criar um grupo para permitir a troca de mensagens entre mulheres interessadas em melhorar a forma. “Há um ano, começamos a conversar entre 10 amigas para procurar uma atividade física que pudesse nos motivar e trazer qualidade de vida. Uma das integrantes do grupo, que já corria, deu a ideia de todas começarem a fazer o mesmo. Ao procurar algum clube de corrida feminino na cidade, percebemos que não existia nenhum exclusivo e, assim, criamos o nosso”, explicou Karla.
Entre uma indicação aqui e outra ali, em pouco mais de um ano, o grupo atingiu mais de 4 mil integrantes nas redes sociais. Grande parte delas vive em Águas Claras, no Areal e no Park Way. “O Correndo Juntas é um grupo de corrida genuinamente brasiliense. Começou nessas três localidades, mas cresceu, se expandiu e, agora, depois do aniversário de um ano, conta com corredoras de várias regiões do Distrito Federal”, destaca Karla. “Somos mulheres, mães, esposas, trabalhadoras, donas de casa, que possuem uma vida atribulada e cheia de responsabilidades, mas que, juntas, umas apoiando as outras, achamos tempo para nos cuidarmos a partir de uma atividade que nos dá prazer e alegria”, completa.